Salve Dom Obá II d´África. Salve Rubem Confete. Salve Pintinho, Assis, Washington, Carlos Alberto, Didi, Edevaldo, Marcão, Aldo, Ronald, Marco Antônio e tantos outros negros, mulatos e mestiços que vestiram a camisa tricolor
Muitas perguntas. Poucas respostas. Desânimo em campo e nas arquibancadas. Meu pessimismo insiste em dizer que 43 é um número perigoso. Não quero baile nem festa. Só comprometimento nesses três jogos. Vale um pouco de nossa grandiosa dignidade
Nunca fez corpo mole. Nunca deixou de exaltar o clube. Nunca deixou de ser uma liderança. Pode ter cometido um erro ou outro, como no episódio em que veio a público criticar a oposição do Fluminense (jogador não é pago para isso), mas o saldo, no geral, como ser humano – e mesmo como atleta, é extremamente positivo
Orgulho – bom e salutar – de ser tricolor. Porque, apesar de todas as coisas difíceis e ruins, erradas e absurdas, há muita coisa boa feita, plantada; há muita coisa boa por fazer. Mãos à obra!
Meus queridos: o nome que consta na nossa cédula de identidade é Fluminense Football Club. Não somos Fluminense Budget Club, Fluminense Sub-20 Club, ou Fluminense Marketing Club. Ou a gente ganha alguma coisa no futebol profissional urgentemente ou quem está à frente do clube e do time vai se queimar
Enquanto a humanidade definha, tento sobreviver ao que me resta; mas não posso deixar, neste momento, de externar o meu luto, não por Paris ou pela França, mas por todos nós, vítimas dessa insanidade
Uma hora, todo bom investimento dará certo e claro, é de se esperar que os jogadores que permanecerem sejam sábios para perceber os erros de todo este 2015, que tenham peito para corrigi-los e que as novas contratações impactem positivamente nosso elenco
Normalmente o Fluminense me deixa preocupada, tensa, aflita. Nesse 2015, conseguiu me deixar irritada – algo que sempre evito, para proteger a salubridade das minhas glândulas suprarrenais
A polícia mata, o bandido mata, o religioso radical mata, o marido traído mata, os inimigos se matam. Banalizou-se a morte. A vida não vale mais nada. Tornou-se um saco vazio esperando ser novamente enchido de amor
O poder, como sabemos, corrompe. Não é todo mundo que consegue manter sua retidão quando de posse de algum poder, por menor que seja. Orgulho, inveja, cobiça
O Fluminense é enorme no cenário nacional e internacional, não pode pensar em outro resultado quando entra em campo senão a vitória. Não é uma questão de esportividade ou qualquer coisa assim: é destino, vocação
E a bravata de que ele tirou o Fluminense da segundona, quando a ida do Flu da terceira para primeira se deu por conta do imbróglio Botafogo, Gama, Sandro Hirochi, onde o Alvinegro foi rebaixado e reverteu fora de campo?
Então, tricolores, é isso. Precisamos ganhar as cinco partidas, fazer 15 pontos, chegar a 58 pontos e torcer, mas torcer muito, para que os demais fiquem pelo caminho. Quem sabe não resolvemos operar um novo milagre, para compensar 2005? Quem viver, verá.
Hoje, há futuro adiante. Não somos mais escravos do patrocinador. Não somos um clube que não pensa na sua estrutura. Não precisamos ser reféns de empresários, porque criamos material humano suficiente para dar uma banana a cada um deles