“O mundo dá voltas” é uma das grandes verdades universais que cercam o ser humano. Não adianta querer ser arrogante, egoísta, egocêntrico. O mundo e a vida, de uma forma ou de outra podem te derrubar. Ser canalha ainda pode dar certo. Quantos canalhas estão aí no poder, mas outra verdade certa é que “as máscaras caem”, e por conta disso, a canalhice acaba de um jeito ou de outro ficando desnuda.
Pois bem, anteontem acordamos com Eurico Miranda e seu staff tecendo as maiores bravatas na imprensa por conta dos jogos que o Fluminense fará contra adversários diretos do Vasco na luta contra o rebaixamento. Engraçado ele não citar o Flamengo, que pega o Goiás.
Mais uma vez, Eurico e sua gangue jogam para galera. Vendo que está complicado seu time sair da situação em que se encontra, começam com bravatas na imprensa para pressionar ou tentar justificar o iminente rebaixamento. Primeiro foi aquela declaração estapafúrdia de um complô orquestrado pela federação catarinense, juízes e blá, blá, blá… Eurico acha que o Brasileirão é o Carioca onde, em conluio com o Rubens Lopes, pode armar à vontade.
Agora vem com essa de jogar que o Fluminense pode entregar seus jogos para prejudicar o Vasco e mais blá, blá, blá. O Fluminense não tem nada a ver com Vasco. O Fluminense pensa e deve agir no que é melhor para ele em campo. Se o melhor for buscar as cinco vitórias (e sempre é) que o faça. Se entender que não dá mais e quiser testar novas formações e jogadores para 2016, que o faça. Se os jogadores quiserem se poupar depois desse final desgastante que façam isso. Estamos pouco nos lixando para Vasco.
Durante 20 anos, a torcida do Fluminense ouviu as maiores bravatas de Eurico e boa parte da torcida vascaína. Quem não se lembra o presidente vascaíno dizendo que não pagaria bicho se o time dele não ganhasse do Fluminense?
A verdade é que o Gama entrou na Comum e a CBF ficou impedida de organizar o campeonato. Quem organizou a João Havelange foi o clube dos 13; Fluminense e Bahia, como membros da associação, tinham que participar dos campeonatos organizados por esta.
Mas para quem mente sua própria história dizendo ser o primeiro a aceitar negros em seus clubes (o Bangu já aceitava antes), isso é fichinha, não é mesmo?
Eurico é acusado até de fazer jogo duplo na disputa CBF/Clube dos 13 em 1987. Vejam a declaração de Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo à época, ao site Trivela:
“O Eurico Miranda era vice-presidente de futebol do Vasco e ficou como nosso interlocutor na CBF”, comenta Aidar. “Ele nos traiu e deu sinal verde para a CBF virar a mesa, mesmo contra a determinação dos outros 12 clubes de não fazer cruzamento com o Módulo Amarelo.”
Está bom para vocês?
E as recentes armações de bastidores junto à federação do Rio de Janeiro? E querer mandar no estádio que agora por contrato está “arrendado” a Fluminense e Flamengo? Para finalizar, o que dizer de só colocar carga de 10% de ingressos para o Fluminense no clássico de domingo passado?
Um verdadeiro circo dos horrores.
E repito: boa parte dos vascaínos compraram o barulho do cara.
A verdade é uma só: o Vasco sendo rebaixado ou não, este final de ano já valeu por presenciarmos os arrogantes ficarem de joelhos. No fundo estão implorando: “Fluminense, por favor, ganhe seus jogos!”
No que tange ao rebaixamento do Vasco (caso seja concretizado), nossa contribuição já foi dada, em campo, ao vencermos no último domingo, o clube de São Cristóvão.
Todo o resto será consequência.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @mvinicaldeira
Imagem: Marcos Borges
