Acaba, Brasileirão, acaba! (por Crys Bruno)

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Oi, pessoal.

Normalmente o Fluminense me deixa preocupada, tensa, aflita. Nesse 2015, conseguiu me deixar irritada – algo que sempre evito, para proteger a salubridade das minhas glândulas suprarrenais.

Normalmente o Fluminense gera uma considerável disfunção na minha produção anual de serotonina, noradrelanina e dopamina, mas, nesse ano, passou dos limites. “- Logo agora que disputamos apenas para não cair?”, me questionariam àqueles que veem o clube com o mesmo tamanho de uma formiga ou linhaça.

A derrota para Chapecoense, com todo respeito ao correto time catarinense, foi a gota d’água que transbordou uma avalanche para mim. Somente as derrotas para Vasco (primeiro turno) e Flamengo, foram capazes, dentre “trucentas” de julho para cá, de me deixar tão indignada com esse time irritante.

Foi até surpreendente a apatia da maioria dos jogadores em campo – não de todos – afinal, bastava a vitória para eles poderem entrar de “férias”, entregando suas carreiras, ou destino, nas mãos dos seus  “messiânicos” agentes, além de cumprir, em campo, o objetivo da direção fora dele: a manuntenção na Série A. Objetivo igual ao dos medianos.

Nem assim. É absolutamente surreal sofrer mais uma derrota no Maracanã, a décima primeira em quinze jogos, onde o Flu venceu APENAS três, TRÊS! TRÊS!, e vir a público sem demonstrar nenhuma indignação, na maior tranquilidade, como se nada tivesse acontecendo. Nem a permanência foi ainda completamente assegurada, mesmo com probabilidade de insucesso ínfima. Como é que pode?  

Igualmente surreal é, que pelo terceiro ano seguido, houve brutal queda física no segundo semestre – muito pela questão de se usar tática extremamente defensiva, o que obriga os jogadores a correrem mais, se desgastando mais, num campeonato longo. Ninguém aguenta.  E a avaliação disso? Cadê? 

Entendo o receio do primeiro ano sem a ex-patrocinadora e os atropelos na montagem do elenco, com um pacote nocivo e desesperado de contratações, nos primeiros meses. A direção passou o ano chorando pitangas sobre receitas, enquanto esfregava na cara de cada tricolor o quanto devíamos tratá-la e vê-la como heróica por manter o Fluminense na primeira divisão. 

Mas, depois que viram o time numa “boa toada”, não entenderam, finalmente, que a diferença entre os times é mínima e que apequenar o Fluminense e nossas perspectivas é tosco e medíocre? Que dava para sonhar com Libertadores? O que houve? Surpreenderam-se? Para quem não é do futebol, eu também compreendo. 

Só que, depois da temporada provar que nosso time não é pequeno, perder onze em quinze jogos e não se indignar? É irritante. E deixo apenas claro que falo mais sobre os dirigentes porque são eles que representam uma torcedora comum como eu, também no comando e autoridade junto aos jogadores que fazem um segundo turno VERGONHOSO!
 
É absolutamente deselegante e constrangedor, Dr. Mário, o senhor – que tem sido um advogado sensacional para o clube nos últimos anos – que enfrenta o primeiro ano apenas na frente do departamento de futebol, lidar com onze derrotas em quinze jogos de forma natural, tranquila. 

Por favor, direção: trabalhem junto com os jogadores de forma mais incisiva, os pontos nos próximos jogos. Não é possível essa indiferença, esse destrato com a imagem da marca, da instituição que administram. 

Eu não me lembro, nem nos anos 1990, ver o Fluminense perder tanto. Eu não sou uma torcedora que veja o Fluminense do tamanho de uma formiga ou linhaça. 

Por favor, Presidente Peter, Dr. Mário e jogadores: pela saúde das minhas glândulas suprarrenais e meus neurotransmissores, acabem com esse Brasileirão e não percam para o Grêmio.

Abraços fraternos.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @CrysBrunoFlu

Imagem: google

LANÇAMENTO O ESPIRITO DA COPA RJ

4 Comments

  1. Obrigada, Fernando, José Roberto e Gaia, que tem vindo sempre e lhe agradeço muito por isso.
    Pessoal, é um alento saber q há tricolor como eu q não tolera esse “apequenamento”. Às vezes sinto que os anos 90 e a Unimed dependência retirou por completo nossa autoestima e isso é gravíssimo.

    Uma boa quarta a todos.

    ST.

  2. Post de química….rsrsrs

    Foi o que faltou em grande parte do elenco nestes 3 anos…..química com a bola e com a raça!!!

    que em 2016, João de Deus nos abençoe.

    E que a torcida, mostre sua insatisfação nas urnas das Laranjeiras!!!

    ST

  3. Enquanto o frangueiro e o sem sangue forem escalados o time viverá essa gangorra, com vitórias e derrotas, e, as vezes, só derrotas. Não tem como um time sem goleiro querer ganhar os seu jogos. Eu assisto a todos os campeonatos do mundo, e não vejo um goleiro tão fraco quanto o nosso. e também não vejo um volante tão fraco quanto o nosso. Com os dois é só derrota.

  4. Creio que foi o pior segundo semestre do Fluminense em toda a sua história. A falta de indignação, porém, é o que me deixa mais chateado. E ainda vem o Mário Bittencourt dizer que o ano foi produtivo. Não sei para quem! Talvez para os empresários dos jogadores e outros que participam dos contratos. Para a torcida é que não foi. ST

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