Suspense no ar, conversas nervosas. Na geral, fantasias e boca de urna agitavam seus candidatos. Nas rampas para as arquibancadas, os corações batiam mais forte. Era a grande final do Carioca de 1971
Mas, não encontrei expressão melhor para definir o segundo tempo apresentado ontem pelo Fluminense do que “um chute no saco”. E todo homem sabe o que significa um chute no saco.
Mais uma vez: por mais que Levir tenha realizado substituições extraterrestres – e fez DE NOVO -, precisamos ver a questão do Fluminense sob perspectiva, do alto, sem aplaudir ou xingar o primeiro print da tela do campo
Eu não tenho compromisso com as minhas verdades. Posso mudar de opinião sempre que surgir um argumento que demova minha maneira de pensar, mostrando-me que estou equivocado
Com atitude, garra, compromisso e mantendo a linha, o Flu pode sim voar mais alto neste campeonato japonês de futebol – quase todo mundo é igual, a disputa é parelha e vai chegar mais longe quem tiver disposição
Meu grande temor hoje é de a torcida, hoje tão afastada, perder a vontade de ir aos estádios e se transformar de vez em “torcida organizada pay per view”. A tendência é essa
A vitória de 4 a 2 sobre o sempre complicado Galo foi linda. Além de Magno Alves, dois caras também jogaram muito: Douglas e Wellington. Mas que ninguém se engane: a Chapecoense será um adversário complicado ao extremo. Se a meta é mesmo chegar ao G4, teremos que passar por este lobo fantasiado de cordeiro
E foi um jogão. Seis gols, movimentadíssimo e com um segundo tempo espetacular do Fluminense e principalmente de Magno Alves, Scarpa, Wellington e Marquinho
A história precisa continuar a ser escrita, para que nossos filhos tenham mais a transmitir a nossos netos do que a simples repetição daquilo que ouviram um dia
E é justamente nessa torcida tricolor que deposito minhas esperanças para o duelo com Fred. Que ela lote Edson Passos, grite os 90 minutos e que, desta vez, seja premiada com uma vitória
Antes dos 33, a idade de Cristo, com sua fita de rambo na cabeça, um corpo indestrutível e um coração na mão, ele desprezou as cerimônias e levou o Fluminense a um de seus títulos mais difíceis
Este clube precisa se reencontrar com seu carisma e vivenciá-lo. A torcida precisa muito disso. E pobre, pobre demais daquele que se julga mais importante do que realmente é