Fluminense 4 x 2 Atlético-MG (por Paulo-Roberto Andel)

ANDEL RED NEW

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Emoções diferentes neste jogo do Fluminense: segunda-feira à noite na Baixada, drone em cima da torcida do Atlético e uma faixa onde se lia “Volta, Leo Pelé”. Depois, gritos de “vi-a-do!” para a catimba do goleiro Victor. Um cenário kistch com sabor de outrora para mais um passo tricolor no Brasileiro 2016.

No começo, um pênalti crasso em MJ feito pelo glorioso Edcarlos. A voz da torcida é a voz da verdade. O árbitro deu faniquito e negou. Essa turma do choque de ordem não é fácil. Sem muitas finalizações nem grandes intervenções, na primeira bobeada de Gum & Henrique com bate-rebate, Robinho invadiu livre aos 27 e fuzilou para abrir o marcador. O Atlético vinha explorando muito a esquerda do ataque, tudo em cima do pobre Wellington Silva. Tem um time melhor, forçou e aproveitou sua oportunidade.

O Fluminense podia ter empatado em seguida, numa chance com Douglas, depois do rebote numa cobrança de escanteio. Afinal de contas, Henrique de cá, EDC de lá. E levou sorte ao deixar a turma do Galo livre, geralmente Pratto e Fred – este, apagado. Scarpa também bateu à esquerda, assustando os mineiros. Onde não tínhamos talento, botamos alguma correria para equilibrar.

Correria, MJ perdeu outro, o árbitro todo enrolado, Maicosuel pediu para sair. Melhor para nós. Outro chute rente à trave esquerda, outro escanteio. Ficou no placar magro mesmo. Dava para ter empatado, de toda forma. Pena.

Teve presidenciável sofrendo na arquibancada com músicas alusivas a contratações passadas. O torcedor não é bobo como alguns pensam.

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E não é que Fred deu no pé? Não voltou para o segundo tempo. Magno Alves, o interminável, veio a campo no lugar do mofado Danilinho e cruzou para Douglas empatar – chutou em cima de Victor, mas o goleiro tropeçou nos pensamentos e a bola entrou. Tudo igual de novo no placar, mas o Flu seria muito diferente – e para melhor.

Mais para o meio da etapa, Marquinho (saindo MJ) e Maranhão (em lugar de Wellington) para colocar um fullgás na equipe. Raras vezes uma alteração deu tão certo: com 30 segundos em campo, o Proletário da Bola acertou a pancada e virou o jogo, em nova participação de Magno. Já naquela altura, o Flu dominava mas não concluía, tendo alguma imprecisão nos toques finais.

Nova carnificina de Edcarlos, desta vez em cima de Magno. A justiça veio a galope: cobrança de falta clássica de Scarpa e 3 a 1 aos 32 minutos. Golpe de mestre.

Em outro bate-rebate, o Atlético descontou com Otero. Um pequeno susto para nos mostrar que muita coisa precisa ser trabalhada quando o caso é defesa. Mas nem deu tempo de lamentar: até Maranhão marcou gol, um vilão, o quarto, com a participação do inesgotável Magno Alves.

Se a vitória não atende aos discursos megalômanos oportunistas, mostra que, no campeonato japonês do Brasil, o Fluminense tinha e tem condições de sonhar com degraus um pouco mais altos. E que Fred, para sempre marcado na história do Flu, nunca foi invencível, exceto quando certa propaganda oficial abusava de sua imagem. Seguimos em frente, com a primeira virada tricolor no Brasileirão e a primeira marca do guerrilheiro Marquinho em sua volta ao clube.

Pelo presente e pelo passado, pensem duas vezes antes de não respeitar Magno Alves. Scarpa foi muito bem, mas o velho artilheiro foi o nome dessa goleada, construída com belas finalizações no segundo tempo e muita, mas muita atitude.

O primeiro passo da pedreira já era. Quinta-feira tem a Chapecoense.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: p2

6 Comments

  1. Já passou da hora de mostrar a chapecoense o que é Fluminense.
    Só espero ver a mesma movimentação e garra, jogo pra frente, nada de toquinho inútil pros lados e pra traz.
    Magnata, o infindável!

    Essa é boa.

    Com 3 vitórias seguidas poderemos sonhar mais alto. Mas se terminarmos o ano sem sustos e jogando futebol de gente grande, tb vale.

    ST

  2. Ainda jogamos o primeiro tempo com menos um.
    Levir errou feio nessa. Ainda bem que não comprometeu.
    Vi agora no Bem, Amigos que ele queria barrar Gustavinho.

  3. Nota dez pro Magnata, ícone de nossa história, renova com ele Peter, Abad, Cacá ou seja lá quem for o mandatário… um magnata quarentão, vale mais que um pereba douradão, ceifador?!! Ah, fala sério…

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