O verborrágico dirigente veio a público falar mal do Fluminense novamente. Como se fosse ele o poço de profissionalismo que vai elevar o patamar do futebol brasileiro
Fosse o Brasil um país sério em termos de Justiça, Corinthians e Atlético-PR teriam sido imediatamente rebaixados à época, com seus dirigentes em exercício de banho de sol diário por uma hora
Diante de tais episódios exemplares, uma constatação inevitável: o boicote é uma redundância num projeto que já nasce com uma tremenda sabotagem em suas próprias vísceras
A primeira vitória de 2016 dá a torcida tricolor o “direito” de vestir a camisa do clube durante o carnaval com menos peso. Mas é bom lembrar que goleada sobre o Bonsucesso (aliás, um remendado Bonsucesso) não é nada de mais para o Fluminense. É uma obrigação
Quando o poeta nasceu, em 1908, o Flu já tinha seis anos. Ambos foram contemporâneos de um Rio de Janeiro mais lento, cadenciado, onde verde significava mais paisagem que esperança, e os dias passavam com a sutileza de versos
Conformar-se com mais um ano de luta contra o rebaixamento, conformar-se com a mediocridade de um treinador que não está à altura da nossa história é apequenar-se.
Torçamos para que neste domingo, com possivelmente alguns reforços regularizados e algumas mudanças no time, o Fluminense não pague mico outra vez. O Voltaço jogará em casa e provavelmente terá o “apito amigo” a seu lado
Não vamos sanear o futebol brasileiro, isso é utopia. Mas vamos dar um passo importante em busca de campeonatos mais justos, honrosos, com igualdade e que possibilitem a nós torcedores os espetáculos que queremos e merecemos ver. Uma vitória e não uma derrota por sete a um
A Primeira Liga é o assunto em foco, seja nos jornais, nas TVs, nas ruas e até por aqui no Panorama. E a Liga merece toda nossa atenção, se realmente desejamos alguma mudança no futebol brasileiro. Mais do que um torneio, ela é um embrião que formará o alicerce para a quebra do paradigma que estamos acostumados