“Conhece o Mário?” (por Lucio Bairral)

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“Conhece o Mário?”

O menos atento dos leitores perguntaria “mas que Mário?”, dando motivo ao prosseguimento da piadinha infame, tão velha quanto sem graça, que dez entre dez tios distantes fazem no Natal. Piadinha tão ridícula quanto o “pague a série B” que ouvimos dos ignorantes.

O Mário em questão é o Celso Petraglia.

Aquele mesmo que foi flagrado em escutas telefônicas com Ivens Mendes, presidente da CONAF, Comissão Nacional de Arbitragem do Futebol, responsável pelos juízes de todos os campeonatos organizados pela CBF.

Na ocasião foi cobrado 25 mil reais do Ivens ao Petraglia, no jogo entre Atlético-PR e Vasco, pela Copa do Brasil de 1997. No dia 3 de abril, Edmundo, craque do Vasco, foi expulso. E o time da casa venceu por 3 a 1.

Em outra gravação, Alberto Dualibi, então presidente do Corinthians, foi cobrado “um-zero-zero” pelo presidente da CONAF.

Em um ano de campeonatos não só sob suspeita, mas completamente sem credibilidade, ao invés de rebaixarem Corinthians e Atlético-PR e banirem seus dirigentes, a decisão foi a de “ninguém ser rebaixado”.

Beneficiou o Fluminense sim, mas de forma indireta. E junto com o malfadado champanhe do Álvaro Barcellos, criminalizou o tricolor e o elegeu a Geni do futebol brasileiro.

Porém, os verdadeiros culpados nunca foram punidos como deveriam. Nem em 1986, quando o Botafogo caiu e não jogou. Nem em 1992, quando subiram 12 clubes a fim de beneficiar o Grêmio. Nem em 1999, no caso Sandro Hiroshi, quando o Botafogo caiu, de novo e não jogou, de novo. Nem em 2013, no caso da Flamenguesa.

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Mas ele, Mário, não tem “uma conduta ilibada” apenas no futebol.

A Inepar, empresa em que foi vice-presidente por 20 anos e é membro do conselho de administração há mais de 24 anos, foi multada em 2014 pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM), por “práticas de usurpação e oportunidade comercial, não observância do dever de lealdade e conflito de interesses”.

Além disso, pediu recuperação judicial, envolvida em dívidas de 2 bilhões, onde o BNDES é sócio com 4,5% da empresa e também credor de 850 milhões.

Como se vê, sua destreza está em vários setores.

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O verborrágico dirigente veio a público falar mal do Fluminense novamente. Como se fosse ele o poço de profissionalismo que vai elevar o patamar do futebol brasileiro.

Primeiro Petraglia tem que se preocupar em ter, no Paraná, um clube paranaense como preferido pela torcida. Depois conversamos.

Quando o Fluminense iniciou as conversas sobre a criação da Primeira Liga e vi que esse cidadão estava envolvido, tive um mau pressentimento. A mesma que tenho quando nos tornamos aliados do Flamengo.

Você confiaria no Eurico ou Rubinho? Então…

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @luciobairral

Imagem: lb/pra

3 Comments

  1. O pior é que na época, esse senhor foi “banido” do futebol como podemos observar.

    ST

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