Normalmente o Fluminense me deixa preocupada, tensa, aflita. Nesse 2015, conseguiu me deixar irritada – algo que sempre evito, para proteger a salubridade das minhas glândulas suprarrenais
Falando em mentiras, daqui a menos de um mês, o caso Flamenguesa completa dois anos de vida. Os buldogues de 2013-2014 fingem que nem é com eles. Um silêncio de sujeira varrida para debaixo do tapete
O mísero consolo: na televisão, o locutor do Maracanã lembra – de bem longe – o inesquecível Victorio Gutemberg. SUDERRRRJ IN-FORMA! Se puderem abafar um pouco o som das caixas – e arranhá-lo também -, os velhinhos emocionados agradecem
A polícia mata, o bandido mata, o religioso radical mata, o marido traído mata, os inimigos se matam. Banalizou-se a morte. A vida não vale mais nada. Tornou-se um saco vazio esperando ser novamente enchido de amor
O poder, como sabemos, corrompe. Não é todo mundo que consegue manter sua retidão quando de posse de algum poder, por menor que seja. Orgulho, inveja, cobiça
O Fluminense é enorme no cenário nacional e internacional, não pode pensar em outro resultado quando entra em campo senão a vitória. Não é uma questão de esportividade ou qualquer coisa assim: é destino, vocação
E a bravata de que ele tirou o Fluminense da segundona, quando a ida do Flu da terceira para primeira se deu por conta do imbróglio Botafogo, Gama, Sandro Hirochi, onde o Alvinegro foi rebaixado e reverteu fora de campo?
Tom Jobim ocupa todo o espaço. Em seguida, o jornalista João Luiz de Albuquerque começa a falar. Dois tricolores. Para fechar, o principal compositor de Mangueira: Cartola
Então, tricolores, é isso. Precisamos ganhar as cinco partidas, fazer 15 pontos, chegar a 58 pontos e torcer, mas torcer muito, para que os demais fiquem pelo caminho. Quem sabe não resolvemos operar um novo milagre, para compensar 2005? Quem viver, verá.
Hoje, há futuro adiante. Não somos mais escravos do patrocinador. Não somos um clube que não pensa na sua estrutura. Não precisamos ser reféns de empresários, porque criamos material humano suficiente para dar uma banana a cada um deles
Ter escalado o Jean na lateral e o Pierre no meio foi outra boa sacada. Eu prefiro um primeiro volante porrador, o famoso “cincão porrador”. E Pierre é esse cara
O Eduardo Batista me surpreendeu pela ousadia ao colocar Jean na lateral direita e Wellington Silva na esquerda, pois precisava de dois jogadores experientes para fechar bem a nossa defesa
Mas que não se solte fogos antes da hora: ninguém se esqueceu da espinha na garganta do ano passado. Entrar com máximo respeito e atitude. Pelas palavras do Eduardo, não se espera outra coisa