O fim do jornalismo (por Paulo-Roberto Andel)

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Acho graça quando aqui vem algum candidato a professor Pardal, dizendo que tentamos passar por “falsa mídia”.

No mundo da ignorância, seria uma sentença capaz de ser aprovada. Mas não num espaço de escritores, cronistas e articulistas, caso deste PANORAMA. Emitimos opinião e produzimos análises, o que é bem diferente, exceto para as mentes mais rústicas.

Por outro lado, uma triste constatação: o jornalismo, ao menos como foi conhecido dignamente um dia, acabou. É um problema de todo o mundo, agravado no Brasil. Nenhuma novidade se pensarmos na velha sentença de Joseph Pulitzer. O esportivo então…

“Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”

Daqui a um mês, todos nós leremos sobre contratações impossíveis, especulações fantasiosas, caôs impactantes. A temporada para, os jornais precisam de conteúdo e mergulham no mundo do realismo fantástico. Azar do leitor.

E o brasileiro também é um desmemoriado por natureza. Basta lembrar de André Rizek, Loffredo, Judas Kfouri, Antero Treco, Flavio Vanessa Prado, Mauro Cezar Pereira, Renatah Mauryciah e outros infelizes das redações. Foram eficientes soldados no apedrejamento do Fluminense em 2013-2014. Hoje posam de bonzinhos e tem torcedor que ainda os prestigia.

Mas a mentira no jornalismo não é exclusiva da seara esportiva. Esse Lauro Jardim, que acabou de ser ridicularizado na capa do chorume denominado O Globo, é o mesmo que meses atrás contribuiu decisivamente para a difamação do meu nome no esgoto jornalístico chamado Veja, omitindo uma informação essencial no mundo literário brasileiro: a de que um escritor contratado por uma editora cede seus originais para a mesma, sem qualquer outra intervenção na manufatura de seu livro. Quem é ruim morre sozinho.

Hoje é o vale tudo dos láiques. Pouco importa que se tenha profundidade nos temas. O importante é ter grandes audiências, repercussão e polêmica, ainda que certas hipérboles não convençam quase ninguém. Oh, céus! Que impressionante!

Falando em mentiras, daqui a menos de um mês, o caso Flamenguesa completa dois anos de vida. Os buldogues de 2013-2014 fingem que nem é com eles. Um silêncio de sujeira varrida para debaixo do tapete.

Ponto: o Fagner Torres vai nos redimir. Prestem atenção em tudo o que ele escreve

Ainda faltou falar da (nova) derrota para a Chapecoense, do mundo psicodélico do Fluminense e de tantas outras coisas mais, que já foram bem abordadas aqui e nos sites/blogs tricolores. Cheio de dores na coluna, deixo isso tudo para depois. Queiram desculpar. Agora é aterrissar o avião de 2015 com eficiência e decolar novamente em 2016 com lucidez ampla, geral e irrestrita.

NOTA: depois de publicar sete livros, eu esperava que meus esforços literários provocassem quase tudo, exceto piti de ciúmes de homem – que não sai do armário – por causa de homem. Para aplainar os ânimos, sugiro a visita ao meu blog otraspalabras!; lá existe um estoque de poesia erótica, que pode atenuar eventuais delírios sexuais de todas as tendências legais.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: pra

LANÇAMENTO O ESPIRITO DA COPA RJ

5 Comments

  1. …falam do Flu com reservas e até com respeito, mas na sexta feira a máscara caiu, quando o representante vascaíno estava no programa e o Penido disse com todas as letras que o ferj da gama ajudou o o Flu em várias viradas de mesa.

    Com uma “imprensa “assim, dá até para acreditar que o PT é um partido de líderes dignos e sérios, pois ela (imprensa imparcial) diz todos os dias o contrário diariamente.

    Nunca gostei do Penido nem da narração dele, agora então….nem digo o que sinto.

    ST

  2. Tem alguns anos ouço no rádio um programa de “humor futebolístico” que já se chamou rock bola e hoje se chama Pop bola, é transmitido na rádio globo as 16 horas, dito isto, passo minha informação sobre nossa “mídia independente” do Brasil.

    A cada dia, fica um dos componentes da “mesa redonda” para participar do programa do Luis Penido, quando ficam o representante tricolor que é o Toni Platão, ou o apresentador Alexandre Araujo (que é tricolor tb), o Penido e o Eraldo Leite….continua…

  3. Salve a iinternet que nos livra das podres redações e dá voz aos excluidos!

    Não à toa há demissões em massa nas redações!

    Que a Dilma sancione a lei do Roberto Requião que regulamenta os direitos de resposta: tem buldoge que vai miar que nem gatinho, né, Lauro Jardim?

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