O Fluminense tem sido incompetente em campo e temos o direito de exigir melhorias, ninguém que ver o time se afundando cada vez mais, ninguém quer que 2013 ou outro ano negro qualquer se repita, mas temos o dever de saber os limites
Pouco importa quem será a solução travestida de treinador, pois não será uma solução. A menos que a diretoria assuma sua direção. A menos que os funcionários do clube que trabalham nas quatro linhas sejam cobrados e tratados como funcionários. Quem não rende não joga. A menos que quem mande tenha comando e respaldo
No epicentro disso tudo, três personalidades muito parecidas. Uma dentro de campo, duas fora dele. Autossuficientes, completamente avessos a críticas, senhores da verdade. Personalidades marcantes, que tendem a entrar em choque com qualquer outro galo no terreiro
Eu quero aquela raça de 2009. Aquele sangue nos olhos, foco no objetivo. Um ano que não ganhamos nada, mas ganhamos tudo, e principalmente o temor dos adversários, algo que eu não via há muito tempo
Por falar em cabeças, já foi servida a do Enderson numa bandeja de prata. Sete rodadas sem vencer, sem vitória no segundo turno e caindo pela tabela, aproximando-se do Z4
Se pudesse só gostaria de lembrá-los que, se a culpa é do jogador, esse também é a solução. Quanto ao Enderson, se ele não é o culpado, tampouco é a solução para frear essa queda livre provocada muito por seu modelo velho de jogo
Tudo o que não precisamos é desse tipo de confusão no momento. Não leva a nada. Não acrescenta nada. Parece até coisa engendrada por torcida adversária tamanha a estupidez do ato
Veio buscar no Rio de Janeiro e, mais especificamente no Fluminense, que lhe abriu as portas, a sua Pasárgada. Regiamente remunerado, cercado de bajuladores aos borbotões e de mulheres disponíveis à sua lascividade, tornou à sua mansão, a “casa da mãe Joana”, pretendendo fazer do Fluminense a sua extensão
Mas não quero admitir um meio de tabela com um clube cheio de interesses fora de jogo. Não quero admitir ficar no meio da tabela e ver membro da diretoria se promover com gol no meio de campo
O principal problema é outro, muito outro: nossas estruturas internas estão há muito tempo corroídas. É isso que tem nos impedido em voos de grande porte, levando a uma beliscada ali, outra aqui. O sentido de grupo, de valorização do coletivo, capaz de transformar o Flu em uma verdadeira representação de sua imensa torcida, acaba não sendo prioridade
Esse critério de mensurar o tamanho da torcida tem de ser discutido. No Brasil nunca houve uma pesquisa séria e de qualidade. Todas são encomendadas e, por isso, muito suspeitas. Ninguém sabe o real tamanho das torcidas. E quem afirmar o contrário estará mentindo
Que espécie de parceria é essa? Um clube que acha justo receber 100 milhões a mais do que o coirmão está fazendo isso para quê? Vai querer dividir os valores com o Flu?
Um dos próceres desta camarilha, em resposta a um twitter meu da época, dizendo-lhe que cometia crimes de calúnia e difamação contra o Fluminense em vez de opinião, respondeu-me com a tradicional empáfia de certa parte dos empregados da grande imprensa: “Então que me processe!”. O uso da exclamação deixava bem claro: era um grito e, ao mesmo tempo, uma subliminar declaração da certeza da impunidade
Enquanto isso, comemoremos a Liga e esperemos os desdobramentos. As federações envolvidas já chiam e acusam os clubes de formar uma espécie de um Brasileirinho, de forma a empurrar a CBF contra o projeto, temendo a desvalorização do Campeonato Brasileiro. Pouco importa se estivermos firmes na luta