Hoje é nosso aniversário. Começa o ano III do PANORAMA. E estamos de volta com nosso programa semanal sobre o Flu, e ainda sobre a Copa 2014, além de uma homenagem a Assis
Fred não jogou nada. Mas virou bode expiatório. Enquanto isso, o cabeludo corta bola pra marca do pênalti, Julio Seven falha seguidamente… e tá tudo bem.
Esse é o futebol brasileiro. Segura que eu quero ver…
Hora de terra arrasada. Jogar tudo fora e começar de novo. O problema é que não há no horizonte nenhum nome capaz de comandar a necessária revolução no futebol brasileiro.
Dificilmente um sujeito que tenha mais de quarenta e cinco anos de idade, sendo um fanático por futebol brasileiro e internacional, deixará de mostrar respeito ao futebol holandês. O mesmo deve acontecer aos que conheceram um time do Fluminense chamado de A Máquina. Ambos são contemporâneos.
Pois bem, essa derrota vexaminosa, a maior do futebol brasileiro, deve servir justamente para que seja revisto tudo o que tem sido feito no nosso futebol.
Mais de seis décadas depois, cabe a reflexão de como pudemos ter sido tão escrotos, tão desumanos com Barbosa, Bauer, o próprio Juvenal, Bigode, Ademir, Zizinho, todo o fantástico escrete de 1950
Sim, houve apagão do time por trinta minutos no primeiro tempo, o suficiente para que a Alemanha construísse boa parte do placar exagerado. O apagão do time foi um dos motivos da derrota. Mas seria muito simplista justificar a goleada sofrida apenas pelo apagão em campo.
Cabe a nós mantermos nosso futebol vivo por mais quatro anos, até a próxima Copa, quando voltarão as figuras entendedoras de sempre. E isso é muito fácil pra gente. Somos paixão, somos amor incondicional, somos guerreiros.
Mas quando o onze canarinho fracassa, então tudo que não funciona dentro das quatro linhas é porque somos do jeito que somos? Será que essa derrota de ontem é indicativo de que somos um fracasso enquanto civilização? SERÁ MESMO?