Cinco ou seis anos épicos do Fluminense começaram com aquele toque do Magrão no Maracanã, avançaram com o passe fantástico que ele deu para Roger sacramentar o título de 2007 e estão por aí até hoje. O futebol é um segundo entre a fé, a glória, o drama e a história
Mas não por muito tempo. Afinal, logo cedo no dia seguinte, Gomes, o rapaz da padaria, com olhos verdes, bíceps imensos obtidos com muita malhação – sem bomba – e barba máscula padrão Cavalieri, traria cedo pão e leite
Conseguiram transformar a ida a um estádio num programa para fanáticos. A sensação que se tem ao ir a um jogo desses é que efetivamente não te querem ali. Se pudessem ter o estádio completamente vazio, com o jogo sendo transmitido, essa opção seria posta em prática
Aguardemos o desenrolar do campeonato. Se Levir achou o jeito de fazer com que os jogadores levem os jogos a sério, esse time tem possibilidade de brigar por coisas boas, dado o equilíbrio dos elencos. Mas não dá para, em momento algum, deixar de suar
Quem viu a preleção domingo contra o Botafogo e o capitão falando deu para ver que o espírito era outro. Entraram para arrancar a vitória a qualquer custo. E conseguiram. Nem sempre vai ser assim. Mas, quando perder, tem que vender caro a derrota
A parte dessa geração que é tricolor hoje está mais consciente. A parte dos adversários vem perdendo seus argumentos. Uma das coisas boas da história é que ela sempre vence no final. Ela se repete, como farsa, como tragédia, como for, mas sempre vence
A televisão não tem nenhum compromisso com o futebol que não seja o seu próprio lucro nas transmissões. Os clubes mais prejudicados neste aspecto devem, ou melhor, deveriam estar mais atentos a respeito
Domingo, temos o Botafogo pela frente, um rival que já nos bateu duas vezes este ano (e só não foram três graças a um gol espírita de Gum). Temos obrigação de resgatar a nossa dignidade