Ali na quinta rodada, nós tricolores estávamos empolgados. Além da vitória no Fla-Flu, tínhamos conquistado outras duas e mesmo na derrota para o Vitória, nosso futebol era convincente.
Num final de semana esportivo acontecem milhares de notícias e lances no futebol. Como o tempo de tv, o espaço dos jornais é curto, se não tivermos visto a partida completa, receberemos quase sempre o resumo do resumo. Apenas o “essencial”. E é esse essencial que passa em jornais na tv, que é escrito nas manchetes dos jornais. Que fica na memória das pessoas.
Nós, torcedores, que temos a consciência de que é hora de mudar, queremos deixar ir embora o que não nos serve mais para abrir novos caminhos, dar novas oportunidades aos que virão, e consequentemente termos novas conquistas
Sou contra a troca de treinadores, mas Cristóvão tem feito burrada atrás de burrada. Parece estar propositadamente cavando a própria cova. Não é possível que o cara que chegou revolucionando nosso jeito de jogar desaprendeu. Ou então que estava dando sorte no início.
Não conto com classificação para Libertadores. A nossa luta é para acabar o ano sem sustos. E se depois disso renovarem com Carlinhos, Gum, Cavalieri e Diguinho, e continuarem Jean, Bruno, Wagner, Sóbis e até Fred, é caso de polícia.
Mesmo sabendo que tem quase um turno inteiro pela frente, não vejo qualquer possibilidade de reação. O time, outrora de guerreiros, não tem mais a mesma chama no olhar e o treinador parece aceitar qualquer coisa que venha no fim dos 90 minutos
Desafio quem me lê a enumerar a quantidade de partidas ganhas pelo Flamengo este ano por influência direta da arbitragem.
Não vai conseguir, tal a quantidade.
Tudo uma grande coincidência.
Ao encontrar os amigos sinto de volta aquela sensação de pertencimento. Não há nada parecido com o prazer de ter tantas pessoas vibrando pelo mesmo objetivo. Mesmo que em tantos momentos os torcedores tenham divergências
Belo triunfo do nosso Fluminense sobre o fraco e desfalcado Palmeiras, no sábado. Maiúsculo, contundente e que recoloca o Tricolor de novo na disputa pelo G4
Hoje, você está de volta às arquibancadas. E sabe aquela história da arquibancada fazer de tão desiguais todos iguais? Vou ter o prazer de me sentir assim. Vou ter a nobreza de me sentir tão nas nuvens como Nelson, Castilho e Ézio. Serei, como todos somos, tão capazes em influenciar o destino das batalhas quanto cada um deles
E, de merecimento em merecimento não concretizado, estamos ladeira abaixo na tabela de classificação. Há muito o título já foi para o espaço, mas já estamos também complicando deveras o único objetivo que ainda nos resta no ano, o de estar no G4 ao final do campeonato.
Mas como explicar o que acontece com nosso camisa 12? De repente, quando o time inteiro pareceu ter resolvido esquecer as lições básicas do futebol, Cavalieri tomou parte na histórica goleada frente ao América de Natal em nossos domínios. Foram falhas toscas, infantis, inadmissíveis a um goleiro de seu gabarito.
O empate fora com o Figueirense é um resultado de todo ruim? Não. O time de Floripa nos últimos 21 pontos havia conquistado dezessete. Mas, pelo que jogamos, merecíamos a vitória que novamente não veio
Como poderemos nós, medir um amor desses? Como poderemos nós, desacreditar em um clube que nos ensinou que somos nós a força e a energia para ir adiante, mesmo quando não se acredita mais?
Depois de todo o caos do ano passado, parece que não aprendemos com nada: fora de duas competições e praticamente dando adeus ao título do Brasileirão, isso se tivemos alguma chance um dia – fizemos questão de dá-la aos times rivais
Diante de tudo que temos visto, dá para garantir, com muito pesar, que os investimentos realizados nos últimos 2 anos no clube são certamente os mais mal empregados de todo o futebol brasileiro. Basta considerar que estamos caminhando para o 2º ano consecutivo sem conquista de título, sequer de um carioquinha. Isso com uma folha que, salvo engano, é a 3ª ou a 4ª mais alta do Brasil de 2014, como foi também em 2013.