Cícero é discreto, de poucas palavras e poucas entrevistas. Os mais jovens precisam conhecer a linda campanha da Libertadores de 2008 e a temporada de 2007; assim, entenderão o respeito que ele merece receber
Os garotos de Copacabana pegavam o ônibus 435, que passava em frente ao clube, descia o Santa Bárbara, ladeava o Catumbi e logo se via os blocos de concreto, substituindo as estruturas metálicas que ficavam ali alugadas o ano inteiro
Fosse o Brasil um país sério em termos de Justiça, Corinthians e Atlético-PR teriam sido imediatamente rebaixados à época, com seus dirigentes em exercício de banho de sol diário por uma hora
Diante de tais episódios exemplares, uma constatação inevitável: o boicote é uma redundância num projeto que já nasce com uma tremenda sabotagem em suas próprias vísceras
Primeiro jogo, novos camaradas, velhas novidades, um ano que começa com esperanças. Nenhuma análise aprofundada cabe aqui a respeito do jogo contra o Shakhtar, numa copa de regulamento curioso que já tem seu campeão
Seria precipitado dizer qualquer coisa agora sobre o time e mesmo depois da American Tour que começa no próximo domingo. Vamos dar tempo ao tempo, deixar que Eduardo Batista trabalhe e depois cabe uma análise mais justa e racional do cenário
Oremos todos, cada um dentro da sua crença, e mesmo os que não professam religião, pelo triunfo das cores do Fluminense: o sangue do encarnado, o branco da paz e harmonia, o verde da eterna esperança, virtude de homens e mulheres de bem
Gosto muito mais do Fluminense do que seus títulos, o que nunca vai significar acomodação de torcedor. Precisamos entrar para ganhar em todas as competições que venhamos a disputar. E não é somente isso, não basta apenas ganhar, mas também solidificar caminhos e honrar a trajetória secular do Fluminense: elegância, transparência, unidade
No intervalo entre as temporadas, continuaremos publicando, mas não diariamente. E voltaremos com tudo em cima assim que 2016 começar firme na labuta. Toda semana terá alguma coisa nova por aqui até o retorno efetivo, podem contar
Há dois anos, o que se sabe é que um jogador foi escalado irregularmente, seu time seria gravemente punido e, pela mais absoluta coincidência, um jogador do único time que, se punido, salvaria a pele do time do primeiro, foi escalado menos de 24 horas depois. Digno de se cravar uma MegaSena em termos de probabilidades
Em futebol era e é assim: o êxtase e o féretro andam de mãos dadas e se separam quando menos se espera. O beijo na boca entre o céu e o inferno, feito aquela história do livro de capa preta
Tem certeza de que, depois de todos os massacres midiáticos que nossa torcida vem sofrendo desde 1996, na mais nojenta armação midiática já promovida contra um clube de futebol no Brasil, o que nos cabe é comemorar uma derrota por causa de outro time, completando 19 fracassos em 38 compromissos, estimulando mais deboches de estúdios e redações contra nós, desta vez por motivo justo?
Não me canso de agradecer a todos os que têm prestigiado esta coluna há três anos e meio. Aqui, discute-se o Fluminense com sentimento, amor, mas também tentando primar o máximo possível pela coerência e pela lucidez
Então, assim segue o futebol do Rio: uma efeméride ali, uma obra lá, empurra-se para a frente e vamos vendo no que dá. Enquanto isso, os times vivem à míngua, especialmente os menores, que acabam servido de massa de manobra para os clientelismos da Federassauro
Num súbito, a rampa de descida do Maracanã surgiu. Torcedores de camisas tricolores, brancas e vermelhas caminhavam com toda a calma do mundo pelo declive, como se quisessem saborear cada minuto do futebol, da vivência, mesmo que o resultado não tivesse sido o desejado