El camino (por Paulo-Roberto Andel)

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É claro que a torcida do Fluminense tem todo direito de estar uma fera devido à tungada de sábado. As aberrações da arbitragem se multiplicam de forma permanente e nós, que tantas vezes fomos vilipendiados, acabamos pagando a conta. É um problema de longa data, baseado em inúmeros fatores que caberiam num livro inteiro. Enquanto a arbitragem não for profissionalizada e continuar alheia às inovações tecnológicas já adotadas em outros esportes, é chover no molhado.

Contudo, há que se atentar para outro ponto que tem nos atingido. A momentânea perda da dinâmica do time do Flu ao se analisar cada partida inteira. Esta dinâmica foi a grande sensação do começo da era Levir – e este mesmo começo, ao lado daquele primeiro mês do Cristóvão em 2014, representa a melhor fase tricolor desde o dia do inesquecível tetracampeonato brasileiro, conquistado em 2012.

É claro que o título da Primeira Liga mereceu todas as comemorações e alimentou todas as esperanças que dispomos. Mas também sabemos que o segundo semestre do calendário é infinitamente mais desafiador do que o primeiro.

Pegada? Preparo? Reforços? Esquema? Tudo isso e o que for possível. Harmonizar o problema crônico das laterais, as quixotadas do Henrique – nosso David Luiz com permamente -, ligar o meio ao ataque com eficiência e aproveitar as peças no melhor de suas condições físicas. Traduzindo: quando tiver que mexer, que Levir mexa onde for. Seção corneta: Edson tem que ser titular permanente, e quanto mais vezes o esquema de jogo privilegiar a chegada de Cícero como elemento surpresa nas finalizações, melhor.

Parece que o grande acerto do ano foi a contratação de Richarlisson. Jovem, ágil, forte, neste momento parece ser o melhor parceiro de Fred na frente. Vamos aguardar, mas as expectativas são as melhores.

Vem aí uma sequência de jogos difíceis, a começar por esta quarta-feira diante do Palmeiras, lá. Passado esse trecho, será possível uma avaliação das perspectivas tricolores. Mas o Brasileiro não tem nenhum bicho papão, hoje sugere um pleno nivelamento e tem ares de rali: quem for mais regular, decide. Deixemos Levir trabalhar. Se a pegada da Primeira Liga se tornar uma constante regular nas 36 partidas à frente, a briga será na parte de cima da tabela.

É ver para crer, perseverar e torcer para que velhos problemas internos não ressurjam por el camino das três cores imortais. Lá vamos nós outra vez.

EM TEMPO

Qualquer suposta manobra de virada de mesa eleitoral no Fluminense deve ser tratada como o que possa ser: uma manobra. E com toda a energia no sentido contrário.

Nada mais impróprio, infame e indigno para um clube que, há décadas, é vitimado midiaticamemte por injustas acusações de manobras contra regulamentos e rebaixamentos.

Sou um dos coautores de “Pagar o quê?”. É desnecessário dizer sobre a luta que foi publicar este livro em defesa do Flu. Quem esteve naqueles dias infames, onde queriam o cadáver do Fluminense, sabe do que falo.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: rap