Mauro Jácome, Marcelo Janot, Alessandro Celano e Bernardo Araújo conversam com Rogerinho, campeão em 1995, sobre o jogo mais emocionante da história do Maracanã
Pouco se fala nele, mas Lucas é uma das principais armas ofensivas do Fluminense. Suas subidas ao ataque geralmente pegam as defesas adversárias desprevenidas. O chapéu que culminou no gol de letra de Wellington foi de antologia. Finalmente temos um lateral-direito
Na volta, só falávamos sobre o que podia dar certo, e se tínhamos chance de ganhar aquele campeonato. E ríamos: depois de seis vitórias consecutivas, o Flu parecia ter dado liga de vez
Antes dos 33, a idade de Cristo, com sua fita de rambo na cabeça, um corpo indestrutível e um coração na mão, ele desprezou as cerimônias e levou o Fluminense a um de seus títulos mais difíceis
1995 não foi só uma barriga. Tivemos ali um fenômeno espetacular: a alma tricolor encarnada em jogadores e torcedores. Fomos a ressurreição de Renato, a emoção radiante de Ézio, o brilho efêmero de Leonardo, Lima, Ronald e Wellerson, a virilidade de Lira, a predestinação de Aílton
Poderia ter sido um pênalti, um bate-rebate deselegante. Um gol comum. Mas não. Um lance inesquecível, concluído de forma única, por um dos maiores fanfarrões da história do futebol brasileiro. E nessa frase não há nenhum demérito ao grande Renato Gaúcho. E sim mais um pouco de azar do mais querido. Um herói obscuro e introspectivo ajudaria a flapress a sepultar no passado esse momento. Quis Deus que a barriga fosse a do jogador mais midiático do país
Ao lado de outros heróis, ele representa para mim o futebol de outro tempo, um Maracanã democrático, um Fluminense que não precisava de autoafirmação estrambótica porque a simples menção de seu nome sugeria uma conquista, mesmo que ela viesse a demorar. Outras palavras