Zack, Eros e o Fla x Flu (por Wagner Victer – reprise)

Publicada originalmente em 23/08/21

Zack é um pequeno cachorro da raça Yorkshire. Tem forte personalidade e é bastante atrevido. Foi morar com minha mãe de criação, Elizia, logo após a morte da minha mãe, Dona Leda e tem sido uma companhia sensacional, pois além de protegê-la caninamente, demonstra uma inteligência muito acima da média e uma grande percepção.

Alguns meses depois de Zack ir morar na casa da minha mãe, ela acolheu um outro cachorro esse, vira-lata com traços de Rottweiler, ainda filhote que tinha sido abandonado na rua e demos o nome de Eros. Era muito pequenininho e até menor que Zack, que sempre no controle do seu domínio se impôs com ele e até com frequência, dava umas “coças” em Eros.

O tempo foi passando e hoje Eros, já tem o tamanho e porte de pelo menos cinco vezes o tamanho do Zack, porém não perde o respeito e a qualquer ataque de Zack. Mesmo ele sendo muito mais forte, sai correndo, se encolhe e sente medo. Ou seja, as surras do passado e a percepção de que Zack era mais poderoso ainda estão presentes no seu íntimo, pois ele continua vendo Zack como um gigante.

Por que conto essa história? É porque me leva a um paralelo muito recente, na Libertadores, quanto os nossos amigos “mulambos”, apelidados de flamenguistas, torceram bravamente para o Barcelona de Guayaquil desqualificar o nosso time, pois não queriam cruzar com o Fluminense na semifinal, mesmo tendo um time muito mais forte.

Tal qual Eros contra Zack, mesmo sendo atualmente muito mais fortes, eles sabem, que quando nos enfrentam, irão tremer absurdamente e se descompensam psicologicamente pela história, pela tradição, e por ter na sua formação sofrido muito, com o agora infelizmente não tão forte Fluminense.

A passagem de Zack e Eros, transplantada para o Fla-Flu, faz com que tenhamos algo para refletir, mas o principal para não perdermos que a oportunidade de retomada é, pelo menos, a partir do sentimento de grandiosidade – e não pelo apequenamento que muitas gestões nos levam a impor.

O Fluminense não pode ser o time do amadorismo, nem o time de empresários ou o time que se contenta meramente com classificações para campeonatos.

Tal qual Zack, mesmo reconhecendo que hoje somos menores, não podemos perder a nossa postura e deixarmos de ser o que historicamente fomos e continuarmos a levar o medo a Eros, que ainda nos teme quando tem que nos enfrentar.

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1 Comments

  1. Caro Wagner Victer,

    engenheiro de formação como eu, pergunto-lhe se vai se candidatar a presidente do Fluminense. Os médicos e advogados, com um auditor no meio, não conseguiram fazer uma gestão equilibrada do clube. Agradam os esportes amadores para se elegerem. Prometem títulos e diminuição das dívidas no futebol, mas o que fazem é vender as jóias de Xerém para comprar jogadores veteranos e, embora arrumem um jeito de manter a folha em dia, aumentam as nossas dívidas, mas não o número de taças.

    Att.,
    Fernando Ventura Jr.

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