War (por Rods)

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Hoje é (mais uma) guerra e dessa vez em território inimigo. Pensando cá comigo mesmo, vejo que cada jogo de competição em mata-mata é uma batalha, com uma estratégia diferente. O conjunto de todas essas batalhas forma a grande guerra. Exércitos brancos, pretos, vermelhos, amarelos, azuis, verdes e também bicolores e tricolores se enfrentam. Isso me fez lembrar o jogo de tabuleiro War.

Muito popular no Brasil – nem tanto lá fora – o War já passou por gerações aqui. Nele não tem jeito, não dá pra ser bonzinho. Quer ver um casal brigar? Chame para uma partida de War. Hoje já temos a versão de luxo (que vinha em uma caixa de lata), o War II (com os aviõezinhos) e até o War Império Romano. Mas quem é “War de origem” joga com aquelas pecinhas em formato de disco – que por vez ou outra se tornam bolinha de futebol de botão –, a grandona ou “bitelo”, que vale por dez exércitos e os dados de seis lados.

Ganha o jogo ou a guerra quem chegar ao seu objetivo antes. Conquistar na totalidade Ásia e América do Sul, ter cinquenta exércitos no Oriente Médio, destruir os exércitos verdes… Taí a cartinha que o Fluminense tirou como objetivo para a partida de hoje. Mas, como coloquei acima, hoje é no território do inimigo e no War, o que seria “um dado de defesa a mais”, no futebol é o campo e a torcida que representam essa vantagem. Espero que ao menos a arbitragem seja justa, já que o senhor Leandro Pedro Vuaden fez questão de se fazer valer mais que a nossa vantagem de força e de território no jogo do Maracanã.

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Para o embate, Eduardo Baptista teve que treinar algumas variações nos exércitos tricolores. Com Fred garantido (ainda que não 100%) e Marcos Júnior ainda se recuperando de uma pancada, o time ficou: Diego Cavalieri; Wellington Silva, Gum, Marlon e Breno Lopes; Pierre, Jean, Gustavo Scarpa, Vinicius, Cícero e Fred. Com isso ficamos com um cão-de-guarda em vez de um líbero e o Cícero fica em uma posição ofensiva ao lado de Fred (falo mais disso logo abaixo). Outra formação treinada foi com Osvaldo no lugar do Vinícius, mudando a configuração não apenas no meio, mas também no ataque. Achei o “plano b” até interessante, mas fico na torcida de que o nosso “Resolve” tenha condições de jogo.

Pierre ou Cícero com a zaga?

Nas últimas experiências com o Pierre, vimos as melhores atuações do cabeça-de-área desde que ele chegou ao Fluminense. Defendeu bem a zaga e deu mais segurança ao nosso setor defensivo. Ainda assim, fico com o tipo de líbero que o Cícero se tornou. Ele e Jean se alternam nessa função jogo a jogo, mas o primeiro teve um resultado bem melhor. O posicionamento diminui em muito as recuadas de bola para o Cavalieri, dá opção de saída de bola e melhora também a defesa aérea.

Fred

Não tenho comigo a real situação física do nosso capitão e sei que as consequências podem ser péssimas, mas Fred se esforçou para estar em campo hoje e é fato de que o time precisa dele. Eu, como técnico, arriscaria sem pensar duas vezes e sem ficar com a hipótese de deixá-lo no banco. Voltando a fazer comparação ao jogo War, ele é a peça que vale por 10 no nosso exército. Não apenas por suas características próprias, mas também pela forma que os outros jogadores olham para ele.

Se der tudo certo, teremos outros dois ainda mais importantes, mas, até segunda ordem, hoje é o jogo mais importante do ano para o Fluminense. Nossa realidade no Campeonato Brasileiro pede que os jogadores joguem com consciência disso, pois a derrota pode significar uma briga entre time e torcida muito pior do que a de um casal que se confronta no tabuleiro de War.

Vamos Fluminense, com garra e com raça!

Michael

Infelizmente, tenho que fechar esta coluna falando do Michael. Com o fim da punição, o garoto voltou a figurar nos jogos e teve até chances como titular com Enderson Moreira. Acontece que, mais uma vez, ele pede para não treinar e não ser relacionado entre os jogadores que viajarão. O que se pode fazer? O Fluminense deu apoio inclusive psicológico, manteve o rapaz ainda que proibido de jogar, quer mantê-lo no elenco e conta com ele (principalmente porque Wellington Paulista não pode jogar a Copa do Brasil pelo Flu).

O que ele espera? Que o Fluminense estenda a mão eternamente? Isso não vai acontecer, Michael. Desistir de você mesmo vai fazer com que os outros também desistam. Lembro agora que vários torcedores perguntaram do Michael no jogo contra o Atlético Paranaense. Pelo visto, sua ausência é uma opção própria.

Pena.

ST!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Rods_C 

Imagens: Rods / Erica Matos / Google Images

LANÇAMENTO O ESPIRITO DA COPA RJ

3 Comments

  1. Michael……um belo futuro prestes a ser desperdiçado…..muito triste.

    Pra cima Flusão!!!

    ST

  2. Na torcida por vocês.

    Cansado das “arbitragens paulistas” em 2015.

    Não acredito em conspirações, mas tem hora que as coincidências são coincidentes demais…

    Abraço e bom jogo!

    1. Valeu, Claudio!

      “Tem horas que as coincidências são coincidentes demais”

      Falou tudo! Vitória pela Copa do Brasil e pela Liga em breve.

      Abração e st!

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