Vasco 2 x 1 Fluminense: atuações (por Mauro Jácome)

Mais um resultado ruim para o time de Fernando Diniz. No entanto, a derrota foi contaminada pela arbitragem de Bruno Arleu. O segundo tempo em São Januário foi marcado pela intervenção do árbitro carioca, principalmente, na expulsão de Frazan e no tempo de acréscimo ao final do jogo. A arbitragem era carioca, portanto, fácil de prever.

Quanto ao jogo, no primeiro tempo, o Fluminense foi pressionado pelo Vasco, mas não houve lances de perigo para Agenor. O tricolor tentou alguns contra-ataques, sem sucesso. No fim, aos 46’, Gilberto recuperou a bola numa saída errada de Leandro Castan, tocou para Pedro, que passou por Henriques e bateu no canto esquerdo de Sidão. O Fluminense foi com boa vantagem para o intervalo.

Naturalmente, o segundo tempo começou com o Vasco no ataque em busca do empate. O Fluminense, recuado, esperava uma bola perdida para o contra-ataque. Aos 11’, Digão foi imprudente e deu uma solada em Bruno César. Segundo amarelo e vermelho para o zagueiro. Com um a mais, o Vasco foi pra cima. Num cruzamento para a área, Agenor soltou uma bola fácil nos pés de Leandro Castan, que empatou. Aos 28’, Frazan fez falta em Yago Pikachu. A falta foi indiscutível, mas o árbitro interpretou último defensor e clara e manifesta oportunidade de gol. Nunca!!! O jogador vascaíno ainda não tinha o domínio da bola. Esse lance, além de resultar em gol, matou qualquer chance de reação ao Fluminense.

Além dessa expulsão injusta, de outros lances tendenciosos ao time da casa, deu somente 4’ de acréscimo. Ora! Duas expulsões, cinco substituições, outras paradas para conversar com jogadores e técnicos, mas só deu 4’. Não bastava, encerrou o jogo quando o Fluminense tinha uma cobrança de escanteio a favor.

AGENOR

Mais uma vez comprometeu e entregou um gol ao soltar uma bola fácil.

GILBERTO

Ótima jogada no gol de Pedro, mas, no geral, correu muito, produziu pouco. Não tem contribuído para a posse de bola, pois erra muitos passes. Também tem sido pouco efetivo nas jogadas de ataque.

DIGÃO

Tomou um chapéu no primeiro que quase resultou em gol. Foi imprudente na disputa com Bruno César e lhe custou o vermelho. Atuação ruim.

FRAZAN

Jogou pouco. Ao perder na velocidade para Yago Pikachu, fez falta, mas a expulsão foi exagerada.

NINO

Altos e baixos. Não pode jogar muito exposto. Quando Bruno Silva cansou, teve dificuldades.

CAIO HENRIQUE

Perdeu mais do que ganhou de Yago Pikachu. Com as expulsões, ficou mais preocupado em fechar para a área e deixou o lado aberto, por onde o Vasco chegou várias vezes. Na frente, não apareceu.

YURI

Muitas dificuldades para sair com a bola. Isso é um problema para o esquema do Diniz que precisa de um volante dinâmico.

BRUNO SILVA

Cometeu um caminhão de faltas. Algumas que possibilitaram o lançamento de bolas aéreas pelo Valdívia e Bruno César.

DANIEL

Correu, correu, rodou com a bola, mas não criou. Morreu no segundo tempo, mas não pode ser substituído pelas condições do jogo.

NENÊ

Não encontrou um espaço para trabalhar com eficiência. Tentou pela direita, pela esquerda, mas ainda não tem entrosamento com os companheiros. Deve crescer de produção com as voltas de Allan e Ganso. Sofreu muitas faltas.

PEDRO

Decisivo como sempre. Deu um belo drible em Henriques no gol. De resto, ficou muito isolado.

AIRTON

Entrou para recompor o sistema defensivo. Pesadão, ficou trocando passes no campo de defesa.

JOÃO PEDRO

Não jogou muito. Levou uma entrada forte no tornozelo e tentou continuar no sacrifício.

BRENNER

Um chute a gol. Muito omisso. Deveria ter buscado mais a bola, mas preferiu ficar preso entre os zagueiros vascaínos.

FERNANDO DINIZ

Temos que dividir o jogo em duas partes para analisar o trabalho do técnico. Com onze em campo, o Fluminense foi pressionado na saída de bola e teve dificuldades para se livrar da marcação e avançar. É preciso trabalhar essa saída mais rápida. É certo que Allan dá dinâmica e tem feito falta. Ganso também daria qualidade na transição. O gol de Pedro foi em função da marcação alta para forçar o passe errado, que aconteceu. Méritos. A outra fase de jogo, diante das circunstâncias, expulsões aos 11’ e 28’, gols aos 22’ e 30’, desmontaram o time e tiraram qualquer chance do Fluminense. Ao contrário do jogo contra o Ceará, não há como atribuir ao técnico a responsabilidade pela derrota.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

#credibilidade

3 Comments

  1. Permita-me discordar e dizer que dá para atribuir a derrota ao Fernando Diniz sim. O elenco não é bom, já sabemos. Mas já era para ele saber que não pode escalar o Agenor. Que não pode escalar o Pedro e João Pedro juntos. Que não pode escalar o Bruno Silva. Que não pode escalar o tal do Yuri. Quando vi a escalação foi fácil prever o pior. Como a maior parte dos tricolores, gosto do Fernando Diniz. Mas se cometer novamente qualquer um desses erros no próximo jogo já pode procurar outro time para…

    1. Agenor eu concordo. Pedro e João Pedro também. Mas quem ele escalaria na falta do Ganso, já que o Miguel foi convocado e o Yony se machucou? Poderia até colocar o Brenner na vaga do Yony e escalar o Nenê no lugar do Ganso, ok, mas só tinha mesmo essa opção. Pra vaga do Allan, era Yuri, Dodi, Airton ou até Bruno Silva. Não temos um reserva de qualidade e agora nem mesmo zagueiros. Tá difícil.

    2. Acredito que o Diniz não tinha outra opção para goleiro. O Muriel estava parado, para um goleiro isso é fatal. Deve haver algum problema com o Marcos Felipe, ele não entra e não vão renovar o contrato dele. É relacionado apenas por falta de opção. O JP jogou a maior parte do tempo no sacrifício, se machucou logo no começo, deveria ter sido tirado antes dele pedir. Bruno Silva foi escalado por falta de opção, C.Henrique não foi deslocado para o meio porque Mascarenhas ainda não está bem e Igor…

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