A uruca longe do Fluminense (por Aloísio Senra)

Tricolores de sangue grená, há quanto tempo não tínhamos uma semana só de vitórias do nosso querido Fluzão, não é verdade? Depois do jogo do último sábado, válido pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, em que finalmente, depois de oito rodadas, voltamos a vencer, eu não tenho a menor dúvida de que a maré finalmente virou a nosso favor, o vento que soprava contra o estandarte tricolor mudou de direção e agora tudo vai se encaixar. Foi só pela vitória sobre o Inter? Claro que não. Mais importante que os três pontos, pelo menos para essa análise, foi a maneira que os obtivemos. Quando a bola começou a teimar em não entrar no primeiro tempo, confesso que eu imaginei logo o pior. Achei que voltaríamos a deixar escapar mais uma vez o resultado positivo. Mesmo depois de abrirmos o placar e massacrar os caras, ainda tinha aquela ponta de incerteza. Mas quando conseguimos ampliar com um gol contra deles, minhas dúvidas se dissiparam. Sem esse segundo gol espírita, não teríamos vencido o jogo, já que demos mole e eles diminuíram o placar no finzinho.

Aliem ao já exposto o fato de a arbitragem não ter sido venal, não ter nos sacaneado (apesar de alguns lances me gerarem dúvida quanto a possíveis pênaltis a nosso favor), ao menos não de forma clara e o Diniz não ter inventado na escalação ou nas substituições, e está pronta a receita do saboroso bolo que nos levará às cabeças do Brasileirão em pouco tempo. Amigos, se acontecer o normal, e o Sobrenatural de Almeida continuar engavetado pelo Gravatinha, não demorará muito para o Fluminense figurar na metade superior da tabela. A uruca finalmente foi embora e o time está acertando. Falta pouco, muito pouco, para embalar de vez. Muriel acabou nos salvando em vários momentos no sábado, ainda que tenha falhado ao espalmar a bola para o meio da área, mas (ainda) tem crédito. A torcida, que tanto clamei para que participasse, acabou indo em ótimo número contra o Peñarol e em um número razoável contra o Inter (considerando o frio intenso no Rio, a chuva e o fato de ter sido um número próximo à nossa média de público). É hora de comemorarmos ambos os resultados e pensar à frente.

Na Copa Sul-Americana, nosso adversário já está definido: enfrentaremos o Corinthians. Os confrontos acontecerão nos dias 22 e 29 de agosto, então não adianta pensarmos demais nessas partidas agora. Há rodadas do Brasileirão nesse ínterim, e é bom focarmos na competição nacional. Basta dizer, por enquanto, que é imprescindível que nossa diretoria lute nos bastidores para que essa partida NÃO tenha arbitragem brasileira. Para termos as melhores chances de chegarmos às semifinais, é de bom tom que tenhamos arbitragem no mínimo isenta, e a única maneira de termos o máximo de garantias em relação a isso é termos uma comissão de arbitragem estrangeira. Que lutemos por isso junto à Conmebol. Títulos também se conquistam fora de campo, e temos uma chance real de conquistar essa taça. Faltam cinco jogos para fazer história e, equipe por equipe, tenho certeza que dá pro Fluminense chegar. Basta que a torcida continue comprando o barulho e incentivando, pois vamos decidir em casa contra a equipe paulista e, caso o Independiente da Argentina passe, o jogo da volta será aqui também.

Nosso caminho no Brasileirão até o pequeno hiato da Copa Sul-Americana (o Fluminense não terá partidas válidas pelo Brasileiro entre os jogos da Sula, pois a 16ª rodada, que será contra o Palmeiras fora de casa, foi adiada para o dia 10 de setembro) terá o Atlético-MG (fora de casa) no próximo sábado e o CSA (em casa) no outro domingo, dia 18. Isso é muito positivo, pois não teremos maratona de jogos em agosto. Diniz poderá treinar adequadamente os novos comandados, descansar os que já estão a ponto de estourar e aprimorar os fundamentos que sejam necessários. Se o vento continuar soprando para onde deve, voltaremos do Independência com uma vitória e, depois, conquistaremos os três pontos sobre o CSA, iniciando a arrancada que nos colocará em nosso lugar de direito no campeonato. O momento é de olhar para o nosso desempenho, esquecer os demais times da tabela e focar em conseguir as vitórias. Vamos varrer o desespero para o canto, confiar no trabalho desenvolvido e lotar nossos jogos em casa. Já que o vento virou, então, que sigamos seu fluxo!

Curtas:

– Igor Julião, depois de anos sendo preterido, encontrou seu bom futebol num momento crucial, em que Gilberto está muito mal. Fico feliz de vê-lo sendo aproveitado e fazendo boas partidas. Que siga titular!

– Grande gesto de Sóbis, afastando o escudo do Flu para não pisar em cima dele ao bater o escanteio. Assim como havia sido grande o gesto de Raniel, do São Paulo, ao comemorar seu gol no fim da partida no Maracanã, impedindo seus colegas de equipe de pisar no escudo durante a comemoração. É reconfortante saber que ainda existe respeito pelas instituições que o merecem.

– A questão da renovação do Yony é espinhosa. O colombiano vem jogando o fino, mas, segundo fontes, está pedindo 1 milhão de dólares de luvas e um substancial aumento salarial. São quase R$ 4 milhões para assinar contrato, possivelmente apenas por uma temporada (não tenho os dados oficiais). É muita grana. Se tivermos como arcar, acho que vale. Se o salário dele, embora mais alto, não superar o teto, acho que vale o investimento também. É um jogador jovem, que vem fazendo a diferença. Se renovarmos, que se amarre muito bem o próximo contrato, para evitar esse tipo de “calça arriada”.

– Que Wellington Nem volte a ser o de 2012. Que Anderson Martins seja contratado. Que venha um lateral esquerdo para compor o elenco!

– Palpites para o próximo jogo: Atlético-MG 1 x 3 Fluminense.

Panorama Tricolor

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