Unión Santa Fe 0 x 0 Fluminense (por Marcelo Savioli)

O que foi aquilo, Diniz?

Amigos, amigas, vendo a escalação do Fluminense para a partida de hoje, a impressão era de que tínhamos tudo para jogar um grande futebol. Depois da pressão inicial do time da casa, que também precisava vencer para voltar à liderança e jogar pelo empate fora de casa na última rodada, com o Junior, o time de Fernando Diniz forneceu indícios de estar fadado a controlar o jogo.

Controlamos a pressão e passamos a romper a primeira linha deles com a aproximação de muitos jogadores do nosso homem da bola. Não obstante, essa mesma aproximação não acontecia no campo de ataque. Quando vencíamos a primeira linha deles, nossos jogadores mais à frente pareciam ilhados. Quando não éramos desarmados, o time deles se recompunha facilmente, bloqueando nossas ações, monotonamente concentradas no lado direito do campo.

Ao mesmo tempo, não exercíamos marcação pressão, buscando provocar erros dos adversários, que transportassem as ações tricolores para a sua intermediária. Luiz Henrique, nosso jogador mais procurado para as ações ofensivas, ora recuava muito para ajudar na construção, ora destruía nossas jogadas ofensivas prendendo demais a bola. Precisando vencer, assim como o adversário, conquistamos território, mas praticamente sem ameaçar o adversário.

Diniz voltou com a mesma formação para o segundo tempo e a rotina do jogo era a mesma, até que tira Ganso e Nathan para colocar Árias e William, acabando com nosso meio de campo e, a partir de então, concedendo ao adversário a chance de conquistar nossa intermediária e nos dominar. Foi o que aconteceu, de modo que estiveram mais perto, embora não muito, do gol de que precisavam tanto quanto nós.

As outras alterações de Diniz eu prefiro nem comentar, porque não fariam sentido nem na mais criativa mesa de bar. Razão pela qual terminamos o jogo como um bando em campo, cedendo ao adversário a possibilidade de fazer algo em que eles são muito ruins: gols.

Em virtude disso, o jogo terminou sem eles, favorecendo aquele que não estava em campo: o Junior. Que agora joga por um empate em casa contra o Union. O Fluminense pode se classificar caso aplique uma degradante goleada na Bolívia, contanto que o jogo de Barranquilla termine empatado. Pode? Ora, vamos convir que não. A vaca foi para o brejo na Sul-Americana.

Talvez o jogo de hoje precise ser explicado à luz das prioridades. À luz das prioridades, elas por si só se definem. Pensemos no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil, focando pesado no jogo de domingo em Fortaleza, que poderá nos aproximar da liderança do Brasileiro. Quanto ao jogo da Bolívia, é perda de tempo deslocar para lá mais do que o time reserva do reserva.

Diante do flagrante desinteresse do Fluminense pelo jogo da noite de hoje, eu também não me interessarei em analisar a boa escalação, em cuja única mudança que eu faria seria a entrada de Martinelli na vaga de Wellington.

Adeus Sul-americana. Que venha a Libertadores de 2023, contanto que pela conquista do Campeonato Brasileiro de 2022, ou, a título de consolação, da Copa do Brasil, se não pelos dois, que nos cairiam muito bem.

Saudações Tricolores!

1 Comments

  1. William Bigode, de todas as péssimas contratações deste ano, é de longe o pior. Até o Bessarábia já fez uma ou duas boas partidas, inclusive fazendo gol!!!
    Mas Bigode, apesar de também já ter feito seu golzinho com a camisa tricolor, não acrescenta nada e ainda tira a chance de algum outro jogador menos abarangado.

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