Tio Waldir (por Marcus Vinicius Caldeira)

 

 

(Em memória dele e homenagem aos seus filhos tricolores Milton, Marise e Mirian, e netos)

Ontem, infelizmente, morreu o maior tricolor de nossa família: meu tio-avô Waldir! Uma figura espetacular, generosa, extrovertida e perdoem-me a expressão, pois não há outra que exprime melhor o que quero dizer: tricolor pra caralho!

Tio Waldir foi uma pessoa fantástica! Dedicado à família e aos que o cercavam e de uma alegria e um humor simples, típico do humor suburbano. Sempre lembro-me dele nas festas de família contando suas anedotas. Adorava contar de português e de papagaio. Mil risos! E nunca repetia anedotas. Parece que tinha um caderninho com mais de mil piadas!

Outra coisa marcante que me lembro dele desde criança: seus brinquedinhos-pegadinha. Era tal de caneta que dá choque, chaveiro que prendia os dedos, baralho que tinha alguma pegadinha e algo do gênero. Muita diversão!

Muito tricolor e sabendo da minha paixão pelo time dele, sempre que nos encontrávamos contava-me coisas do Fluminense. E sabia muito da história do clube. Lembrava de jogos antológicos, craques de antigamente e histórias pitorescas! Adorava sacanear a torcida do Flamengo a quem chamava de urubus. Acho que o ídolo dele foi Carlyle, pois sempre me falava dele, além, claro, da santíssima trindade tricolor: Castilho, Píndaro e Pinheiro!

Acho que herdei algumas coisas dele. Tio Waldir era incapaz de falar mal do Fluminense mesmo nos momentos tenebrosos da Série C. Se o Fluminense estava mal ele tentava nos contagiar com sua alegria e esperança em momentos melhores.

Tio Waldir foi muito bom pro Fluminense e o Fluminense foi muito bom pro Tio Valdir. Para ele, deve ter sido dolorido aqueles anos 90. Para quem sempre viu o Fluminense vencedor e comemorou muitos títulos, deve ter sido barra. Mas, nos últimos anos de sua vida nosso amado clube retomou os seus caminhos de glórias e Tio Waldir o da comemoração de títulos!

Lembro-me dele, no seu aniversário, logo após a conquista do título de 2010, já em cadeira de rodas e com a memória fraca. Mas, ainda tinha forças para falar Fluminense e tricampeão.

Soube que ultimamente não se cansava de falar Fred e tetracampeão.

Foi sepultado com a camisa do Fluminense, claro! Deixou-nos de forma feliz, sereno e tranquilo! Onde estiver, sei que estará olhando pelas duas grandes paixões de sua vida: sua família e o Fluminense!

Obrigado, Tio Waldir! Obrigado por você ter existido em nossas vidas e por ter sido parte na minha formação enquanto tricolor! A saudade fica, mas a certeza de um reencontro também.

Até um dia!

Marcus Vinicius Caldeira

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Contato: Vitor Franklin

1 Comments

  1. bela homenagem Marcus……st4…..pessoas que amamos nunca morrem , apenas partem antes de nós!

    grande abraço

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