Respeitar sem temer (por Paulo Rocha)

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O primeiro grande desafio da temporada para o jovem time do Fluminense acontecerá amanhã, no Engenhão, pela primeira rodada do Campeonato Carioca. Pegar o Vasco logo de cara assusta um pouco, mas não me causa medo. Nem poderia: time grande não possui o direito de temer nenhum desafio.

Engraçado, a equipe tricolor atual me faz recordar um pouco a de 1980. Os mais antigos hão de lembrar, começamos a temporada como zebra e conquistamos o título carioca diante de, pelo menos, dois rivais muito mais fortes: o Flamengo de Zico e o Vasco de Roberto Dinamite. Era um Fluminense jovem, tal qual o de hoje. E treinado por um comandante muito carismático, assim como o dos dias atuais – refiro-me a Nelsinho Rosa e a Abel Braga.

Sabe qual era a grande arma daquele time? A ousadia, qualidade própria da juventude. E creio que o time atual pode sim honrar a tradição: quando estamos desacreditados, quando somos apontados como zebra é que surge a fleuma das três cores. Surpreendendo a tudo e a todos. E dando alegria à nossa torcida.

Esse time de 1980 foi o primeiro a merecer o carinho dos tricolores desde o fim da Máquina de Francisco Horta. Nos dias de hoje, um panorama similar; após a saída do patrocinador, nos vemos forçados a acreditar na base. Deu certo naquela época, quando Xerém sequer existia, porque não pode dar certo agora?

Por isso, só peço uma coisa aos que entrarão em campo amanhã: entrem com respeito ao adversário, mas sem medo. O Fluminense é enorme e a palavra medo não pode existir no nosso dicionário.

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O grande perigo do clássico, no meu entender, serão os cruzamentos na nossa área. Os vascaínos possuem jogadores bons na bola parada, tanto os que cruzam quanto os que se apresentam para concluir (Nenê e Rodrigo são os melhores exemplos). Nossa zaga não pode conceder a mesma liberdade que tiveram os jogadores do Criciúma. Atenção total.

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Ao mesmo tempo em que os urubus contratam a esmo surge a notícia de que o principal responsável por tocar as transações foi em cana. A operação Lava-Jato respingou na favela. Tenham certeza: quanto mais for remexida a merda, mais ela federá.

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Foi só surgir um potencial candidato a novo homem gol nas Laranjeiras para Fred se manifestar e dizer que sua história com o Fluminense ainda não acabou. Sinceramente, eu até o aceitaria de volta algum dia, sua saída foi muito estranha e turbulenta. Quanto ao Conca, esse nunca mais deve ser sequer mencionado como um de nossos ídolos. Safado, mercenário e mau-caráter. Com estereótipo típico dos babacas que recebem ordens dentro da própria casa.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: paroc

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