Show de horrores (por Marcelo Vivone)

O que esperar de um jogo em que o líder do campeonato recebe em seus domínios o lanterna do campeonato? Pelo menos eu espero que o líder imponha-se do 1º ao último minuto de jogo e que consiga uma convincente vitória.

Infelizmente não foi nem de perto essa a história do jogo de sábado. O que se viu foi um Fluminense apático e medíocre durante todo o 1º tempo. Não sei se por empáfia ou por qual motivo, o nosso time entrou apático em campo e o Atlético/GO foi melhor desde o início da partida. No 2º tempo pelo menos a vontade voltou, mas aí já perdíamos por 0x2 e o time jogou na base do abafa, sem qualquer tipo de tática e com um jogo baseado em “chuveirinhos” infrutíferos que acabaram quase todos nas mãos do goleiro adversário.

Para um time que é conhecido por sua fragilidade em termos táticos, no dia em que os jogadores estão mal em sua individualidade, fica difícil conseguir um bom resultado. E todos os jogadores sábado estiveram em uma noite infeliz. Carlinhos, por exemplo, errou rigorosamente tudo o que tentou no 1º tempo e foi substituído no intervalo de jogo. Thiago Neves, mais uma vez, praticamente não foi visto em campo.

Mais do que uma simples derrota, ainda que seja para o lanterna do campeonato, é preocupante a sequência muito ruim de jogos que o time vem fazendo nas últimas rodadas. Numa breve análise das últimas 3 partidas, a conclusão é que fizemos um jogo ruim contra o Inter no Beira-Rio, um jogo ridículo contra a Portuguesa em São Paulo e outra partida patética no sábado.

Nos 2 jogos anteriores, e principalmente contra a Portuguesa, jogamos mal e vencemos. Inclusive no jogo de São Paulo os próprios jogadores e o técnico admitiram que o time não mereceu sair de campo com a vitória. Já ontem, não contamos com o talento individual e o resultado refletiu bem o que foi a partida.

É imperioso que essas 2 partidas sirvam para que o time acorde novamente, tal como aconteceu depois da partida vexatória, essa por total culpa do técnico, que fizemos contra o Grêmio no Olímpico. Não vai ser todo dia que praticamos um futebol medíocre e que a vitória quase que cai no nosso colo, como foi contra a Portuguesa.

Não entendi ainda por que a nossa principal jogada de bola parada não está sendo mais realizada. Há jogos que o Thiago Neves não bate mais as faltas pela lateral direita do campo. Quem tem feito esse papel é Jean, que bate com o pé direito, ou Wellington Nem, que não tem a mesma qualidade nessa jogada. Com Thiago cobrando essas faltas fizemos vários gols.

De positivo no jogo de sábado vi a entrega de Wellington Nem, que não pode ter a obrigação de resolver os jogos sozinho, a boa partida que fez o jovem Michael e o 3º cartão que o nosso bravo cabeça de área recebeu. Com sua ausência, teremos novamente a oportunidade de ver Valência entre os titulares e contamos ainda com as voltas de Fred e Deco. Nossas esperanças pela volta do bom futebol ficam, portanto, renovadas já para a próxima partida.

Outro aspecto positivo de sábado foi a grata surpresa que tive com a excursão da torcida tricolor em toda a Terra. Staff bem orientado e simpático, nas figuras de Bárbara e Cristiane, ônibus bastante confortável, sorteio de brindes (como a camisa oficial branca que o amigo Otávio ganhou) e uma galera animada, que cantou desde a saída do Rio até a chegada em Volta Redonda e o fez também na volta, apesar da tristeza pelo revés que o time sofreu em campo.

Marcelo Vivone

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Imagem: globoesporte.com.br

Contato: Vitor Franklin

4 Comments

  1. Em primeiro lugar quero elogiar ao meu grande amigo Vivone por sua total clareza e imparcialidade nas suas declarações…e quanto ao Fluminense acho que ainda temos o mesmo problema que ano após ano não é resolvido pela diretoria tricolor…praticamente não se importando em melhorar ,que é a nossa péssima defesa…desde da saída de Thiago silva o Fluminense passa por problemas jogo a jogo pelas falhas constantes de nossos zagueiros…primeiro foi descobrir que sem Thiago Silva ,Luis Alberto se mostrou muito fraco,e depois Renato Silva,e agora temos que aturar Gun e Leandro Euzébio e não podemos esquecer do péssimo Marcio Rosário…Nosso goleiro provou que está em grande fase e que no começo a sua falta de ritmo quase o queimou…Diguinho sinto muito,é raça e excesso de botinada…Thiago Neves ainda não mostrou efetivamente que sua volta valeu a pena…Deco apesar de ser excelente jogador ,está sempre com lesões…mas faz a diferença e Fred todos conhecem,só tem que botar a cabeça no lugar e não tomar tantos cartões amarelos…mas é neles que temos que confiar e apoiar pra que o Tetra venha,e temos tudo pra conquistá-lo…parabéns Fluzão pela campanha que está fazendo,mesmo dando alguns vacilos,e por favor: Será que vamos ter que aturar o Abel até quando? Abraços

  2. Bacana o comportamento da torcida. talvez por isso os deuses do futebol tenham evitado o mal maior, que seria a perda da liderança. Não acredito muito em lições aprendidas em tão pouco tempo. Acredito numa saculejada, uns tapas na bunda para fazer com que esses atletas preguiçosos respeitem a torcida e joguem mais futebol.

  3. #### ECOS DE 2005 ######

    Somente, uma breve reflexão sobre o nosso ‘treinador de rachão’.

    O Conca foi embora, pouco após sua chegada… nada a ver? Tudo bem!

    Martinuccio, nunca teve chances com o ‘rey do rachão’, mesmo que, para contrata-lo, tenhamos brigado muito com o Palestra paulistano.

    Um outro platino, o Lanzini, mal era escalado.

    E o que dizer do guerreiro colombiano Valencia?

    Seriam somente, coincidências.

    Ou o nosso especialistas em ‘grandes rachaduras’, sofreria, entre outras coisas, de uma xenofobia galopante

    1. Desculpe Paulo, mas eu não acredito em xenofobia e nem em ecos de 2005.

      Sobre 2005, o próprio Abel já disse que o grupo apresentou uma soberba que ele não teve competência de administrar. Além disso, a diretoria não parava de anunciar negociações durante aquelas fatídicas rodadas finais. Tb não teria espaço pra xenofobia, por nosso craque era o Pet. Um grande erro na época foi o caso Felipe.

      Martinuccio e Lanzini podiam mesmo ter sido escalados em mais jogos, mas não conseguiam agradar na maior parte das chances que recebiam. Martinuccio não jogou nada na Espanha e chegou quebrado ao Cruzeiro, enquanto o garoto veio para entrar no time de juniores, mas acabou sendo incorporado aos profissionais e se tornou uma aposta de longo prazo. Só que ficou impossível bancar o que pediu o River Plate.

      Valência conquistou a titularidade, mas se machucou duas vezes seguidas e o Edinho voltou a jogar bem, não tinha pq sair. Agora o colombiano terá nova chance. Vamos ver como se sai contra o Náutico.

      Apesar de acreditar no trabalho dele, não sou um “abelete” e tenho sim algumas críticas, mas acho que precisamos sempre analisar bem e entender os pontos.

      ST!

Comments are closed.