Secador cor-de-rosa (por Zeh Augusto Catalano)

Final de semana cheio de assuntos aleatórios no futebol. Para começar, sábado, o mais querido vence por dois a zero com o adversário colocando bolas na trave e perdendo gols inacreditáveis. No primeiro gol, falta escandalosa impediu que o beque chegasse na bola e impedisse o chute do novo candidato a Zico, Marcelo Cirino. Claro, você não lerá sobre isso em nenhum outro lugar. Mania de perseguição minha. Devo ser maluco.

Maluco, aliás, é quem reveste o teto de uma sauna de gesso. Desabou tudo sobre alguns frequentadores da sauna da Gávea. Leiam mais aqui. Imaginem se fosse no clube lusitano ou outro.

Falando do Vasco, uma atuação ruim acabou salva por um pênalti inexistente aos 45 minutos do segundo tempo. Aqui não se usa o termo da moda “polêmico”, que assim como “diferenciado” não quer dizer merda alguma. Hoje pela manhã, depois de rever o lance em umas cinco ou seis posições diferentes, achei que, por uma delas, parece que o irmão de Carlos Alberto leva sim a mão à bola. Mas fico com a primeira impressão. Não foi nada.

Não lembro de quando foi a última vez em que vi o Vasco ganhar qualquer coisa por erro de arbitragem. Sei dizer que não é nada bom e que nas comunidades que frequento só vi uma meia dúzia de cidadãos comemorarem o ilícito. Certamente roubado não é mais gostoso. Sabemos bem disso.

Não pude ver o jogo do Flu por causa de uma festinha de criança. Do pouco que vi e ouvi, o Flu parece ter tido sua melhor atuação em tempos e Fred idem. A matada de bola no terceiro gol é antológica. Um qualquer no lance certamente teria atrasado a bola para o goleiro.

Goleiro este que, pra variar, pega bolas impossíveis, é o goleiro atual da seleção, e toma o gol de Gérson, o da virada do Flu. Acossado pelo beque, o chute saiu rasteiro, mas não foi nenhuma bomba. Jéfferson caiu atrasado, vendo a bola – totalmente defensável – passar debaixo de seu corpo. Alguns dirão ser implicância minha. É. Não é goleiro para a Seleção. Cavalieri é melhor.

Semana passada votei na enquete da Casa e Vídeo para escolher qual produto seria estampado na camisa do Botafogo durante o jogo com o Flu. Alguns amigos botafoguenses furibundos reclamavam do produto escolhido – um secador de cabelos cor-de-rosa.

Eram cinco produtos participando da enquete. Pra vocês terem uma ideia, eu só consigo me lebrar de um outro. Era um celular xingling, de marca desconhecida (ou quase). O secador e sua cor escalafobética berravam na enquete. Certamente a pesquisa só fez corroborar com o que a empresa queria – vender secador a 39 reais. Dai duas perguntas são óbvias: será que ninguém da diretoria viu esses produtos e imaginou que certamente viraria motivo de chacota? E como um vascaíno (tricolor, flamenguista) pode votar numa enquete para definir algo na camisa do Botafogo?

Será que as pessoas que trabalham com este meio ainda não entenderam o funcionamento da coisa?

Porfim, li hoje um texto que falava algo que nunca tinha percebido e parece fazer sentido: que há uma sutil diferença entre patrocínio e espaço publicitário. Patrocínio é o que a Unimed e as demais empresas atualmente fazem pelo Flu. O que o Botafogo está fazendo é criar 11 (17) outdoors ambulantes para expor a propaganda. Patrocínio zero. Aluguel de espaço publicitário.

Li numa reportagem que, no jogo contra o Flamengo, a marca da Casa & Vídeo teve sete minutos de exposição. Em outro lugar li que o Botafogo teria recebido 140 mil reais da Casa e Vídeo pelos dois jogos. Isso daria 20 mil reais por minuto de tv (globo). Menos de 400 reais por segundo. Surreal.

Meu maior sonho em termos de marketing é um dia colocar a marca da minha empresa numa camisa de clube. Não há espaço mais eterno. É só pensar na 3B Rio.

abraços

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: extra

#SejasóciodoFlu

capas o espirito da copa + cartas do tetra 02 2015

2 Comments

  1. Catalano, bom dia!. Vc deve estar brincando. O Cavallieri é um goleiro mediano. Falar nele pra Seleção deve ser chacota da sua parte.

    1. Opa! Obrigado pela mensagem.
      É sério! Queria ele no Vasco.
      Agora menos, porque tem lá um bom goleiro.
      Me lembra Paulo Sérgio, que foi do Botafogo, do Vasco e da seleção de 82
      e era banco de Valdir Peres.
      Não tem nada de mediano.
      Verdade que já esteve em melhor fase.
      Mas acho o melhor goleiro do Brasil sim.
      abraço!

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