Santa derrota (por Pedro Machado)

flu 0 1 vasco 2014 carioca nelson perez ffc

No ano passado, escrevi aqui mesmo no Panorama (no artigo “A Virada de Chave”) que em certos momentos de nossas vidas acontecem coisas que julgamos serem negativas naquele momento, mas que depois vemos que, na verdade, aquilo foi extremamente positivo para o futuro. Pode ser um “pé na bunda”, um “não” inesperado, uma demissão do emprego ou até mesmo uma derrota para o Vasco. Sim, aquela derrota na verdade foi uma “Santa Derrota”.

Como todo bom tricolor vou sempre torcer pela vitória do meu time, independentemente da situação. O fato de eu odiar um técnico, um jogador ou o presidente nunca não vai me fazer torcer contra meu próprio time. O Fluminense está acima de tudo isso. “Porém, ai  porém, há um caso diferente… “

Amigo tricolor, visualize comigo o seguinte cenário: o Vasco não faz aquele gol no final do 1º tempo ou nós achamos um gol já no final do jogo. Com o empate, estaríamos classificados para a decisão. Numa hipotética final contra o modorrento time do Flamengo, teríamos plenas condições de empatar um e vencer outro por uma diferença mínina, alguém duvida? Era aí que morava o perigo.

O título do falido “Campeonato do Guaravita”, com certeza garantiria o churrasqueiro por no mínimo até a pausa para a Copa do Mundo. Seriam nove rodadas de muitos “Rachões”, de chutões do Gum, de “se vira aí, Conca”, e de outras fanfarronices mil. Estaríamos correndo sério risco de cometermos o mesmo erro do ano passado, quando a demissão do Vanderlei Luxemburgo aconteceu tarde demais. Só não fomos para onde merecíamos por causa da burrada do Flamengo.

A mudança de postura tática e técnica do time é algo monstruoso. Muitos amigos tricolores têm me questionado se isso é apenas o resultado do novo trabalho do Cristovão, ou reflexo da má vontade que o time tinha com o antigo treinador. Na minha opinião, são as duas coisas. Era clara a má vontade de alguns jogadores com o Renato.

O Cristovão foi extremamente feliz com a principal mudança tática que implementou.  Como o time não tem muita velocidade, adiantou a marcação e compactou as linhas. Com isso, quando estamos com a posse de bola, usamos e abusamos da principal característica dos nossos jogadores: a habilidade.

Quando antes jogávamos com três volantes e mesmo assim nossa zaga era um convite para a felicidade, agora temos dois meias e com uma zaga muito mais segura. O time está se empenhando como há muito tempo não se via. Posso estar exagerando, mas nem o time do Abel, campeão com sobras em 2012, me passava tanta segurança. Estou muito esperançoso.

Diante do cenário atual do futebol brasileiro, onde não há nenhum bicho papão, com mais algumas contratações pontuais vejo nosso time com reais chances de ser campeão este ano. Seria muito divertido ver toda a imprensa suja se morder com nosso sucesso.  Acho que uns dois ou três até se matam.

No mais, todos ao Maraca sábado. É nosso dever colocar pelo menos 50 mil e empurrar o time para mais uma vitória. Juntos, somos ainda mais fortes.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: Nelson Perez/ FFC

5 Comments

  1. Falamos isso no niver do Diogao ne Pedro?!

    Os come tarios aqui em cima tb monstram o que a galera tem visto… Tem cara que é muio ruim.(PONTO) tem cara que fraco/mediano mais com muito treino e um bom “parceiro” pode render bem… E acho que ai temos alguns ex.Vide gum, diguinho e bruno.

    Antes eu queria matar o wagner, ainda nao gosto dele, mas inegavel tamanha evolucao, isso pq o cristovao souber falar “filhao vc joga aqui e ali”.
    No mais eu tenho uma certeza inacreditavel que…

  2. A postura de alguns jogadores com a chegada do Cristóvão surpreende tanto que, parece :
    1) contratamos um lateral direito
    ( bruno tem acertado cruzamentos)

    2) contratamos um meia para dividir a responsabilidade com o Conca
    ( Wagner tem jogado muito bem, me lembrando o cara da libertadores de 2009)

    1. Só o que me preocupa são as peças de reposição.

      Se o Carlinhos ou um dos meias não puderem jogar, ficamos sem muita opção.

      Abs, Leandro!

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