Saindo na frente (por Paulo-Roberto Andel)

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Aos 48 minutos do segundo tempo do jogo no Pacaembu, o desesperado Palmeiras tentava sair de sua defesa pelo lado esquerdo, enquanto a turma do Fluminense fazia a aporrinhante marcação, impedindo o desenvolvimento da jogada. Logo depois, o árbitro paraense encerrou a partida: vitória tricolor e liderança do Brasileiro 2014 confirmada.

Foi a tônica da noite: o Fluminense combativo, vibrante e aguerrido, em sua melhor postura em campo desde 2012: compacta, equilibrada, buscando o melhor dos jogadores disponíveis. Quando o time vai bem, até peças como Bruno se destacam bastante – foi o caso, principalmente no primeiro tempo. Outra coisa: bem-posicionado, o time evita tanto rifar a bola quanto levar sufoco na defesa. Resultado: quatro jogos sem levar gols. Loas para Cristóvão, já que o Fluminense passou a ser efetivamente treinado.

Com as linhas mais próximas e apuradas, a rigor o Flu só teve alguma leve pressão contra si no começo do primeiro tempo e no fim do segundo. De resto, dominou a partida por completo, tocando a bola com paciência mas nem sempre finalizando por causa do ferrolho palmeirense. Depois de meia hora de jogo, o time começou a arriscar mais de fora da área e já merecia a vantagem antes do gol de Sobis, para fechar com chave de ouro a primeira etapa. Ressalte-se: com o Palmeiras baixando o sarrafo.

Na volta do intervalo, o cenário não mudou muito, exceto pelas modificações no time alviverde, que deixaram-no um pouco mais adiantado; porém, sem chegar a ameaçar o gol de Cavalieri, com duas ou três boas intervenções de segurança e só. O placar magro foi injusto: Fred – sempre vindo buscar jogo -, Conca – um pulmão impressionante – e Sobis – batalhador implacável – perderam ótimas chances, Gum sofreu um pênalti não marcado, Carlinhos veio com força e criou grandes lances. No fim, com mais espaço, o Palmeiras tentou duas jogadas mais na base do desespero, sem qualquer sucesso.

É claro que o Fluminense vai precisar de reforços e muita coisa ainda precisa ser consolidada. Mas é outro time: valente, lutador, guerreiro, muito mais próximo de 2012 do que 2013. Jogadores tidos como caso perdido mostram força – Bruno, Valencia e Wagner. Fred voltou a lutar. Sobis manteve a pegada. Conca é o monstro.

Cavalieri comemorou bem o Dia do Goleiro. Unida, a torcida do Flu ocupou um bom espaço no Pacaembu. Maurício Lima comemorou os embalos de sábado à noite. O time contagiou a massa e ela deve vir com tudo contra o Vitória.

Único revés foi a besteira do Walter forçada pela FlaPress. Aliás, hora do time manter o foco dentro de campo, deixando de lado a fanfarronice dos microfones. Deixem que o Cristóvão fala: ele entende do riscado. Assim como o Flu, o treinador está de volta. Pior para a leviandade das redações.

Ainda é só o começo do campeonato, mas o time promete. A eterna capacidade das Laranjeiras em desafiar definições. Eterna.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: pra

4 Comments

  1. o Fênix Tricolor aos poucos mostra suas garras!

    “…nascemos com a vocação da eternidade, tudo pode passar, mas só o Tricolor não passará jamais…”

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