Ontem assisti ao primeiro tempo de Atlético Mineiro e Flamengo. Independentemente da goleada imposta pelo time mineiro ao rubro-negro, fiquei impressionado com a velocidade e a intensidade do jogo de ambos os times. Não param um segundo, não deixam de disputar cada bola como se fossem famintos disputando um prato de comida. Assim que deve ser o futebol: luta, dedicação e raça o tempo inteiro.

Aí remeto para o time do Fluminense dos últimos jogos e percebo a lentidão do time, a falta de intensidade, um horror. A verdade é uma só: com a chegada de algumas putas velhas no elenco depois do meio de ano a maionese desandou. Chegaram Ronaldinho, Oswaldo e Wellington Paulista por opção, mais Cícero devolvido pelos árabes. E notadamente o time, que chegou a ficar no G-4 por algumas rodadas, despencou na tabela.

Se chegamos a sonhar até com a possibilidade de titulo, a realidade nua e crua é que, mais uma vez, chegamos ao final do ano lutando contra o rebaixamento. É isso que nos resta. O sinal vermelho já foi ligado há muito tempo.

Para ser bem sincero, não tinha nem muitas expectativas esse ano. Sabia que seria um ano difícil. Saída de um patrocinador de 15 anos, país em crise e mercado do futebol retraído. Mas a gestão foi contornando os problemas e avançando positivamente em várias questões. Arrumou patrocinadores rápidos. Segurou alguns dos tempos da Unimed, deu moral à base e começou a construção do CT.

Mas, no meio do ano – que parecia nos levar para um rumo bom – o departamento de futebol cometeu um erro crasso: trouxe Ronaldinho em fim de carreira. Além disso, teve de entubar o Cícero, que sempre teve problema nesse elenco do Fluminense. Um erro que eu cometeria. Aplaudi a chegada dos dois. Mas a realidade já diz que foi um erro.

Não tenho dúvida que, mais uma vez temos problema no vestiário, racha no elenco e jogador rendendo menos do que pode de propósito. A escalação contra o Flamengo já indicava isso, barrando alguns e dando chances para os mais novos. Contra o Grêmio, após Fred perder o pênalti, a entregada pareceu clara. Cícero deve ter saído com a camisa seca de campo.

Se a gestão faz coisas excelentes fora de campo, nunca soube lidar com o vestiário. Tem que ter humildade em reconhecer isso e colocar lá quem entende do riscado e saiba fazer o serviço com algumas putas travestidas de jogador de futebol.

É preciso corrigir a rota rápido. De hoje para quarta. Se tiver que rescindir contratos que o faça. Lá dentro, o staff do futebol deve ter pontuado o foco do problema. Se não o fez é fim de festa, porque está claro o problema de sacanagem em parte do elenco que não se entrega nos jogos e não está a fim de nada. Se não quiser rescindir por questão de grana, afaste dos treinos e jogos. Não dá é para ficar parado. Está com medo de assumir publicamente o erro cometido? Então pense que se o time for rebaixado – e hoje a realidade é de time rebaixado – aí sim o erro será mortal.

A diretoria tem que agir rápido.

Saiam da inércia.

Ajam!

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João Marcelo Garcez tem todo nosso respeito. Sinceramente, não sei o que levou a publicar a informação de que Muricy não veio por conta do Fred. Depois, teve que retirar o texto do site. Acredito que uma fonte de confiança dele passou uma informação furada. Mas, mesmo que seja verdade o que a fonte relatou – não acredito -, não deveria nesse momento lançar uma notícia dessa. Gerar combustível na fogueira é tudo o que não precisamos agora.

Esse erro não muda em nada o que penso em relação a ele: um homem de caráter, íntegro, honesto, puta escritor e tricolor de coração.

Errar é humano.

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Temos onze jogos a fazer, sete em casa. Numa projeção bem conservadora, ganhando quatro em casa, empatando outras três (adversários mais difíceis e clássico) e perdendo todas fora, chegaremos a cinquenta pontos mais que suficientes para evitar o desastre total.

Mas, para isso, repito, é preciso ter uma intervenção top down no elenco e afastar as laranjas podres.

Já!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: lucaglaser.com