Relatos de Porto Alegre (por Marcus Vinicius Caldeira)

eunaarena

I

Tricolores, Porto Alegre foi show! Tudo de bom!

A vitória não veio por um equívoco grotesco do bandeirinha que anulou um gol legítimo de Rhayner! Mas o que menos importou foi o resultado, já que ele foi melhor para a gente do que pro Grêmio! Valeu pela atuação da torcida e time! Principalmente pela torcida que teve um comportamento exemplar, apoiando o time do início ao fim!

II

Saí do meu trabalho ao meio-dia em direção ao aeroporto. Diferente de todas às vezes que uso o Galeão, dessa vez não fui de táxi. Usei o ônibus com ar condicionado que sai do Santos Dummont em direção ao Galeão e não me arrependi. Só recomendo sair com antecedência uma vez que ele dá umas voltas até chegar ao seu destino. Pra ter uma ideia, fiz o check-in no meio do caminho uma vez que me assustei com o tempo. Mas, se sair com antecedência vale à pena pela economia da grana do táxi.

Lá no aeroporto encontrei o grande tricolor Daniel Hora do Paço e seu filho Guilhrme. Daniel fez uma surpresa pro garoto. Só avisou no dia que ele não ia pra escola para viajar com o pai para ver o Fluminense jogar em Porto Alegre. Imaginem a cara do garoto na hora do anúncio!

Fomos no mesmo vôo que estava lotado de tricolores e alguns gremistas. Encontrei o amigo Bernardo Nabuco e batemos um papo durante o vôo.

Papo vai, papo vem e providenciamos algumas cervejas no novo serviço de vendas a bordo da Gol! A viagem acabou sendo rápida!

III

Na aterrisagem o primeiro contato com o estádio. Do avião dava para ver a Arena do Grêmio que é colada ao aeroporto. De cima o estádio é muito bonito (e de baixo também).

Peguei um táxi em direção a um hotel onde estavam alguns amigos e deixei minha mochila lá. Parti pro “pré-jogo” num pub chamado Thomaz. Bem localizado, com cerveja em dose dupla e bem frequentado pelas belas gaúchas.

Oito e meia partimos pro estádio.

IV

No caminho do estádio um trânsito enorme e a surpresa por descobrir que o mesmo fica localizado ao lado de uma favela.

Demoramos quase quarenta e cinco minutos para chegarmos na imponente Arena do Grêmio. E ela é bonita, viu?

Tomamos umas cervas na porta da entrada do acesso da torcida do Fluminense. Um amigo levou um isopor cheio de cervejas! E, para nossa surpresa, os gremistas que passavam o faziam na boa. Tinha zoação, mas, confusão nenhuma. Alguns deles pediram até para tirar fotos. Senti-me até um popstar.

Quinze para as dez finalmente entrei no estádio. A nossa torcida ficou localizada no anel superior e para chegar até lá subimos uma escadaria mais extensa que “La Bombonera”. Quem não está bem fisicamente não aguenta não!

V

Durante o jogo o comportamento da torcida foi exemplar. Sensacional! Cantamos o jogo inteiro. O time mostrava raça e empolgava a torcida. Ao mesmo tempo, a torcida empurrava o time. Uma sintonia incrível, daquelas que quando sabemos que acontece, dificilmente o time perde.

Não tinha bateria, pois os policiais não deixaram subir com os instrumentos. Mas no gogó mesmo empurramos o time.

No intervalo, uma confusão pequena entre as duas torcidas, mas nada que estragasse a festa.

O time voltou senhor do jogo. Fez gol que foi mal anulado e teve outras chances. Com a expulsão justa do zagueiro deles tomamos conta. Fomos pouco atacados e pena que decidimos por tocar a bola na maior parte do tempo ao invés de agredir. Ainda sim, tivemos melhores chances. E não podemos nos esquecer que estávamos bastante desfalcados.

Fim do jogo e um “zero a zero” que foi melhor pra gente do que pra eles. Mantemos a nossa liderança e vamos decidir em casa precisando apenas de um empate. Eles tem a difícil tarefa de vencer o Huachipto lá, lembrando que os chilenos os venceram em Porto Alegre.

Talvez por isso, tenhamos gritado “Eliminado, Eliminado” para eles.

Epílogo

Na saída ainda ficamos presos por quase uma hora no estádio, já que a polícia nos segurou para escoar toda a torcida deles.

Saí feliz do estádio, com a sensação do dever cumprido. Neste momento o que menos importa é o resultado e sim que “guerreamos” junto com o time fora de nossos domínios.

Depois ainda dei uma rodadinha pela noite de Porto Alegre, já que não podia dormir senão certamente perderia o vôo. E uma constatação: a cidade quarta-feira parece do interior. Tudo fechado e nada para fazer! Incrível!

Quatro e meia da matina cheguei ao aeroporto para esperar o vôo que partiria às seis.

Valeu cada segundo da viagem. Adoro viajar para ver o time jogar longe do Rio. Se pudesse o faria sempre. O Fluminense nos brindou com uma atuação de muita raça e determinação e trouxe um pontinho importante.

Domingo tem Fla-Flu e estarei lá com meu irmão Paulo Andel e com os fanáticos que vão sempre ao estádio, independente da situação do Flu!

Obrigado, meu Fluminense, por mais este momento maravilhoso em minha vida!

Vemo-nos, domingo em Volta Redonda!

Marcus Vinicius Caldeira

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

4 Comments

  1. Caldeira, hoje faremos o terninho em cima deles. Na quarta, pegaremos de jeito os venezuelanos.
    ST4!

  2. Moro no interior de Minas, tenho amigos atleticanos da época da faculdade onde combinamos que se desse Galo X Flu na Liberta nos íriamos pra BH assistir. Está caminhando pra dar FLU X Galo nas quartas, o mineirão será nosso…

Comments are closed.