Reflexões sobre a base tricolor (por Márcio Machado)

É uma coisa fantástica: uma grande geração de jogadores entre 16 e 17 anos virar crise.

Uma benção virar problema, o resultado de um grande trabalho, isso não acontece à toa.

Aqui se demonstra o problema: uma torcida frustrada por 8 a 9 anos sem títulos (até aqui), presa em casa na pandemia, viu títulos na base e se apegou demais à mesma.

Jogar bem na base não significa necessariamente muita coisa no mundo dos adultos. É bom indício, mas os jovens têm de se provar em campo com os adultos. Em geral vão entrar na roubada e não tem nada demais nisso, quem for bom vai se segurar e ficar, mas não serão todos. Tenho certeza que alguns aí entram e arrebentam, mas tem uns amarelões que vão precisar de rodagem.

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Aqui entra a gestão do clube, que eu até compreendo, mas não aceito, prefere usar os frutos de Xerém prioritariamente como ativo financeiro e não esportivo. Muitas vezes nem isso consegue fazer. Fica inevitável o choque de expectativas entre uma torcida que quer usar o máximo possível, uma diretoria que quer fazer negócios e um técnico que precisa sempre dos três pontos. Entendo como inconciliáveis sem que alguém ceda.

Roger, tendo em vista a dificuldade e a quantidade de jogos à frente, vai passar a rodar mais o elenco. Dois jovens muito pedidos já entraram, não arrebentaram, mas esperamos no mínimo paciência de todos.

O que precisamos mesmo é de taças e elas também passam pela garotada. ST.