Reeleição infinita no Flu seria jabaculê supremo (por Wagner Victer)

Depois da partida com o Strongest, quando refleti que já tinha visto de tudo, surgem matérias estampadas em alguns sites tricolores, sobre um Conselheiro do Fluminense, que aliás até gosto dele, que estaria propondo em futura reunião do CDel a mudança do estatuto, para ampliar o número de releições dos atuais mandatários do Fluminense.

É inadmissível imaginar que, independentemente de qualquer situação, se possa pensar em reeleições. É algo que se configura abominável manipulação.

Aliás, um dos maiores presidentes da nossa história – o maior vivo -, Francisco Horta, criador da lendária Máquina Tricolor, nunca ousou sequer falar na releição ao fim do seu primeiro mandato, mas mesmo criando o maior time da história do Fluminense, como um democrata e conhecedor das boas práticas, não teria ousadia, por si próprio, ou por através de terceiros fazer tal proposição golpista e oportunista.

Aliás, é claro que uma proposta pode partir de intenção do Conselheiro, que esteja seduzido por alguns bons momentos, resultados esportivos positivos e até por uma admiração específica, porém imediatamente deveria ser rechaçada por aqueles que buscam a democracia e, principalmente, pela própria atual direção para não sugerir movimento combinado ou balão de ensaio.

Mesmo sendo uma sociedade associativa privada, querer estender prazos de mandatos ou releições eternas para se eternizar no poder, além de atentar com a democracia por cheiro de golpismo, é um movimento que seria impedido por legislações vigentes e salve melhor juízo o próprio Profut, que não estabelece para sua adesão mandatos superiores aos que nosso estatuto já prevê.

Os sócios do Fluminense, especialmente aqueles de caráter proprietário diretamente ligados ao patrimônio do clube, certamente se entristecem e ficam até enrubecidos diante dessa proposta, que espero ser uma mera galhofa que já deveria ser rechaçao pela própria direção do clube, para que não pare uma operação casada.

O princípio da alternância do poder é muito saudável e positivo, e obviamente é muito natural que o sucesso numa gestão venha contribuir muito para fazer seu sucessor, porém o Fluminense não é uma capitania hereditária.

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