O Paysandu veio no Maracanã semana passada e fez uma excelente partida. O seu lateral-direito Yago Pikachu jogou muito e fez um golaço de falta. Isso foi o suficiente para o jogador ir a tudo quanto é programa esportivo, para alguns jornalista engraçados (sim, eles são humoristas) proclamarem o Paysandu como favorito e, para alguns tricolores sem fé, o temor pelo pior. 

No fim de semana, para completar, o Paysandu continuou no Rio de Janeiro e ganhou do Botafogo em pleno Engenhão. Claro que sua torcida tinha que estar eufórica.

Mas o Fluminense não é o Botafogo, o Paysandu não chega aos pés do Fluminense e Pikachu, além de ser um personagem de um desenho animado ridículo, não passa de um bom lateral-direito de um time de segunda divisão e só.

O Fluminense mesmo com dez desfalques – isso, mesmo, dez desfalques – foi lá e fez seu papel de pentacampeão nacional e ganhou o jogo. Entrou muito bem, com Gustavo Scarpa voltando à sua posição de origem que é meia esquerdo e com Victor Oliveira na lateral. Magno Alves na frente e a linha de três formada por Cícero, Marco Jr e Gustavo Scarpa.

O Flu começou muito bem. Marcando forte e adiantado, buscando o gol nos contra-ataques e ataques rápidos. O Paysandu não conseguia jogar e, mesmo com casa cheia, não empolgava e não ameaçava tanto. E numa jogada de ataque pela esquerda, Victor Oliveira cruzou na cabeça de Cícero, que abriu o marcador. Aliás, Cícero completou trinta e um anos ontem e fez seu terceiro gol nos últimos quatro jogos, todos de cabeça.

Mas, sabe-se lá porque, depois do gol o time recuou, passou a marcar atrás da linha da bola e sem muita pressão. O Paysandu passou a agredir mais, até porque precisava de três gols àquela altura para se classificar direto. E de tanto martelar, acabou achando seu gol, num penâlti bobo cometido por Victor Oliveira e convertido pelo Pikachu.

O Fluminense voltou para o segundo tempo da mesma forma que iniciou o jogo: marcando forte, adiantado e buscando o contra-ataque.

Logo fez o segundo gol. Cícero roubou uma bola e deu um balaço pelo alto para o Scarpa na esquerda que, de primeira, tocou para Magno Alves que, já dentro da área, de primeira tocou para Marco Junior finalizar e marcar.

Neste momento time e torcida paraenses sentiram o golpe e o Fluminense foi senhor do jogo. Não era muito ameaçado e ainda teve chance de ampliar com Magno Alves, que desperdiçou. O que já estava bom para o Fluminense ficou ainda melhor, com a expulsão do jogador adversário por cotovelada em Edson – que até foi parar no hospital.

Vitória que classificou o time para as quartas de final da Copa do Brasil com muita moral, já que o time jogou desfalcado de Fred, Ronaldinho, Cavalieri e outros sete. Júlio Cesar muito bem no gol. Ouso dizer que sai em cruzamentos melhor que o nosso goleiro titular.

Domingo, teremos um jogo chave pelo Brasileiro contra o Atlético Mineiro, que foi eliminado pelo Figueirense na Copa do Brasil.

Sigamos acreditando no time.

Lotemos o Maracanã.

Eu acredito. 

Panorama Tricolor

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