Foi com algum sofrimento (e quando não é em se tratando de Fluminense?), mas chegamos às quartas de final da principal competição do ano para nós tricolores. Fomos brilhantes? Não. Longe disso. Mas não faltaram a disposição e o espírito de luta que essa competição exige de quem quer continuar galgando os degraus rumo ao seu topo.

É verdade que ainda não empolgamos na Libertadores. Aliás, ainda não o fizemos nesses primeiros 4 meses do ano. Mas agora teremos 14 dias de intervalo para dar descanso e recuperar o grupo de jogadores. Os segundos tempos dos jogos de domingo e de quarta evidenciam que os jogadores estão sentindo e muito a maratona de jogos e viagens.

Na próxima fase enfrentaremos Olímpia ou Tigre. Minha preferência seria enfrentar o time argentino, que é um time mais fraco que o Olímpia e que ainda nos possibilitaria disputar o 2º jogo em casa. Mas acho que o adversário será o time paraguaio, que joga a 2ª partida das oitavas na mesma condição que jogamos quarta-feira, já que também perdeu o seu 1º jogo por 2×1.

Independente de quem seja o adversário, temos totais condições de superá-lo e nos classificarmos para as semifinais, que só acontecem depois da Copa das confederações. Com a confirmação desse quadro, teremos uma parada na competição semelhante à que ocorreu em 2008.

Todos sabemos que a paralisação entre a semifinal e a final no ano de 2008 foi extremamente prejudicial para o nosso time, que estava voando e muito confiante naquela oportunidade por ter eliminado gigantes da Libertadores, como o São Paulo e o Boca Juniores. Dessa vez, entretanto, vejo esse hiato de 30 e poucos dias como muito benéfico para o Fluminense.

Confirmando nossa presença nas semifinais, teríamos tempo até para aproveitar a janela internacional e trazer pelo menos um zagueiro de qualidade para o nosso grupo de jogadores. Um meia também tem sido falado, mas já estaria muito feliz com o reforço da zaga, que é um setor muito carente em nosso elenco.

Falando um pouco mais do jogo de quarta-feira, gostaria de elogiar o nosso treinador. Quem acompanha a minha coluna sabe que reconheço os números e os títulos do Abel à frente do tricolor, mas que não sou exatamente um fã de seu trabalho. Dito isso, considero correta a sua opção por sacar um dos zagueiros até então titulares. Nossa zaga, que é fraca, vivia um momento ainda pior do que é o seu padrão.
A entrada do Digão pelo menos deu um gás novo ao miolo desse setor.

Elogios também às atuações de Carlinhos e Fred. Nosso lateral tão criticado, na maioria das vezes com justiça, tem feito boas apresentações desde a semifinal contra o Volta Redonda, sendo inclusive um dos poucos a se salvar na final contra o Botafogo, pelos menos enquanto teve pernas. Mas na noite de quarta-feira viveu o seu ápice no ano e talvez tenha sido uma das suas 3 melhores apresentações ao longo desses 3 anos com a camisa tricolor.

Fred, se não teve a mesma movimentação e dinâmica que nosso lateral, teve uma grande presença em campo. Cada volta de contusão sua é uma confirmação da enorme falta que ele faz quando está afastado dos gramados. Que categoria, que domínio de bola, que respeito que impõe aos adversários, que liderança que tem perante o grupo, que faro apurado de gol, que…, que…, que… Indubitavelmente é o melhor centroavante em atividade do futebol brasileiro.

Nem, Thiago Neves e Jean atravessam um momento ruim na temporada e estiveram muito mal no jogo de quarta-feira. Esses 14 dias até o próximo jogo serão fundamentais para esses 3 jogadores em especial recuperarem o seu padrão de jogo. Juntamente com Fred e Cavallieri, os 3 jogadores citados são mais do que fundamentais para as pretensões tricolores na Libertadores.

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Só se fala do Atlético Mineiro, que tem realmente empolgado durante todo o ano. Isso é muito bom para o Fluminense. Nosso clube está acostumado a não ter os holofotes apontados para o seu pavilhão. Sempre foi assim na nossa história. Além disso, o time mineiro só seria nosso adversário em uma possível final (ou semifinal) e até lá tem muita coisa para acontecer. É bom lembrar novamente que teremos uma paralisação de 30 e poucos dias em breve, que pode beneficiar alguns clubes, mas que também pode prejudicar outros. E o Atlético teoricamente seria a maior vítima desse tempo de inatividade, à exemplo do que aconteceu conosco em 2008. Uma paralisação no meio de uma competição nunca é boa para os times que estão embalados.

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Palmas, muitas palmas para a instituição Fluminense no caso do garoto Michael. Dá cada vez mais orgulho fazer parte dessa família. Obrigado a meus pais e irmãos por terem me forjado tricolor!

Marcelo Vivone

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: www.lancenet.com.br/ / Cleber Mendes