Quarta, sábado e Unimed (por Marcelo Vivone)

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Quarta-feira

No jogo da última quarta-feira vimos em campo um time muito diferente do que infelizmente assistimos no clássico do último domingo. Fomos diferentes em nomes, por força da cessão de Fred e Jean para a seleção e da suspensão automática, pelo terceiro cartão amarelo, do lateral Carlinhos.

Mas fomos diferentes principalmente no quesito “espírito de luta”. Contrastando com a falta de vergonha na cara no clássico, na quarta-feira vimos um time brigando os 90 minutos de jogo, mordendo a cada dividida e tentando chegar antes em cada dividida. Esse é o mínimo de profissionalismo que a torcida exige.

Não fomos brilhantes? Com certeza não e estamos muito longe disso. Mas não vi uma pessoa sequer reclamar no Maracanã ao final do jogo. É um sinal de que todos que lá estavam presentes, e imagino que todos os tricolores espalhados pelo Brasil, reconheceram a entrega dos quatorze jogadores que entraram em campo.

Os melhores em campo foram o garoto William e o Diguinho. O menino mostrou muita personalidade e errou apenas um passe durante toda a partida. Já Diguinho lembrou os seus melhores momentos no clube, vividos em 2009.

Terminamos o jogo com cinco jogadores formados em Xerém. É importante lembrar que esses garotos enfrentaram o atual campeão mundial, time que vive momento de franca ascensão no campeonato brasileiro.

Sábado

Ganhamos quatro reforços para o próximo compromisso. Foi confirmado o aproveitamento de Fred e Jean contra o Náutico, em Recife. Os outros dois reforços tiveram origem nos cartões recebidos pelo Gum e pelo câncer no jogo de quarta-feira.

Pelo que entendi das entrevistas de Luxemburgo, o esquema com três zagueiros não deverá se repetir nessa partida. Ao final do jogo contra o Corinthians, nosso treinador esclareceu que aplicou tal esquema para dar mais consistência na cobertura dos laterais, os dois garotos Igor Julião e Ronan. Com a volta do Carlinhos à esquerda e com a suspensão do câncer (ALELUIA!!), não creio que o esquema será visto novamente, pelo menos no sábado.

Jogaremos o que os chatíssimos comentaristas esportivos chamam de “jogo dos seis pontos”. Isso porque na situação complicada em que estamos, temos que primeiro estar atentos aos poucos que estão abaixo de nós na tabela. E o Náutico é um deles. Então, é sair de Recife com a vitória para começar a pensar em algo melhor no campeonato.

Unimed

A imprensa marrom, representada com toda a força pela Globo Produções, “produziu” mais um furo de reportagem sobre o Fluminense. Dessa vez foi o duvidoso André Rizek que noticiou que fontes mais do que seguras informam que a Unimed não mais será o patrocinador master do Fluminense no ano de 2014. Obviamente, a notícia ganhou todas as manchetes do grupo, tal como ocorre nas poucas vezes em que o mais querido das galáxias vence uma partida. Primeira página do jornal e muito debate a respeito nos programas de sua grade.

A notícia pode ser verdadeira? Sim, como também pode ser mais um factoide dos muitos produzidos pelo nefasto grupo para prejudicar o Fluminense. Como pode ser verdadeira a informação que tive de que Celso Barros fechou a torneira em 2013 para atender aos pedidos dos investidores e vencer as eleições do início do ano que vem. E que em 2014 o investimento voltará a ser feito.

Seja qual for a informação correta, o fato é que o Fluminense não pode ficar na dependência exclusiva dos investimentos do seu patrocinador. Evidente que hoje no futebol é muito difícil, se não impossível, um clube disputar títulos sem um grande investidor. O Corinthians, por exemplo, conta com a benevolência do Estado, que utiliza o meu e o seu dinheiro para bancar o seu time e as suas contratações (sem falar na construção de um estádio).

Mas está mais do que claro que o Fluminense precisa se organizar em termos financeiros para caminhar “com as próprias pernas”. Estou bastante decepcionado com a falta de planejamento para o ano de 2013, mas, em termos de clube e de sua autonomia financeira, Peter fez nesses três anos o que há trinta anos não era feito no clube. Se hoje estamos num patamar (em termos de clube) diferente do que vivíamos em 2009, é graças ao trabalho que nosso atual presidente tem feito.

Há, sem dúvida, ainda muito a ser feito e a torcida PRECISA contribuir para o sucesso desse processo. É FUNDAMENTAL a adesão de mais e mais torcedores ao programa de sócio futebol. Para que o clube seja viável financeiramente e diminua a dependência excessiva que tem hoje do patrocinador, o torcedor TEM QUE fazer a sua parte.

Muito mais importante do que reclamar nos momentos ruins, é participar efetivamente para a construção do Fluminense que todos nós sonhamos. E tornar-se sócio é o principal meio que temos de influenciar diretamente no destino do nosso amado clube.

Sabemos que nossos adversários há uma década sofrem com a inveja de não ter um patrocinador como o nosso e sonham diariamente com o dia em que a parceria será desfeita. Não seria um tapa na cara (não com luva de pelica, mas empunhando uma ferradura) deles se mesmo com a saída da Unimed continuássemos a conquistar títulos em profusão e fôssemos um clube sadio financeiramente?

Marcelo Vivone

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Foto: www.lancenet.com.br

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6 Comments

  1. Mais um factóide lançado por esse “grande jornalista” o André rizek,na Unimed tem uma grande oposição ao dr Celso,uns 3 ou 4 eu acho que poucos devem saber a Unimed é uma Cooperativa no ano passado teve um lucro de 60% e se tivesse que gastar com publicidade o que ela teve de retorno com O Fluminense sendo campeão e saindo em todos os jornais e canais televisivos a marca Unimed de graça .O gasto seria grande,os médicos querem saber é do lucro,enquanto a administração estiver dando lucro e dinheiro está tudo bem.mais não podemos ficar dependendo do dinheiro da patrocinadora.eu me associei a mais de 1 ano,espero que mais torcedores se conscientizem,não precisam ser contribuintes ou proprietários ,entrem como sócio torcedores,façam o básico que isso ajudará muito o Clube.

    1. Vivone:

      Isso Mauro, independente de ter ou não patrocínio, se o torcedor fizer a sua parte, a gente vai continuar ganhando títulos. Sei que tem gente que realmente não pode, mas aqueles que podem dispor de 30 reais por mês são fundamentais para o Fluminense.

      Um abraço.

  2. Marinhos, Walter Clark, Rizek vão se….!

    Só Xerém salva!

    Pelo amor dos meus filhinhos pofexô, Eusébio e Anderson NÃO!

    Cavalieri, Julião, Wellington Carvalho, Elivélton, Carlinhos, Diguinho, Willian, Wagner, Sobis, Kenedy e Fred.

    Avante Xerém!

    ST

    1. Vivone:

      Zalu, nessa época de falta de dinheiro, a solução é mesmo Xerém.

      E nesse time que você escalou, tínhamos que arrumar peças melhores para os lugares de Diguinho e Wagner.

      Um abraço.

      1. Também acho isso Vivone,
        Mantive o Diguinho por sua última partida, onde fez por merecer, e o Wagner como última chance (última mesmo! Parece que treinou bem), lembrando que temos o Jean como opção para os dois, mas deixei de fora para ver se ele se liga, né…
        Sobre o dindim e essas posições, Xerém é logo ali, com uma boa safra de meias e volantes entre 17-20 anos, com um pouco de ousadia, parcimônia e paciência boa parte deles vai arrebentar. Por sinal, se o pior dos cenários se apresentar com a perda da bufunfa da UNIMED, não ficarei descabelado, pois estamos muito prestes a termos um time de prima, barato e com DNA tricolor.
        Só não daria ele nas mãos do pofexô, após leituras alternativas e conversas com flamenguistas, cruzeirenses, atleticanos, gremistas e por aí vai…, não há santo que me faça confiar nesse rapineiro, saca das quatro linhas, mas o custo costuma ser alto…

        ST

        1. Vivone:

          Verdade, Zalu. Nossas gerações que estão chegando são muito boas. Exemplo bom disso é a molecada de 96/97, campeão de tudo.
          Sobre o Vanderlei, esse lado extra-campo dele é realmente, no mínimo, sombrio. Mas acho que pelo menos para esse ano ele nos vai ser útil.

          Um abraço.

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