Quais são os verdadeiros adversários? (por Jorge Dantas)

Flu e Atlético MG não era o “jogo” do campeonato, a “final antecipada” como muitos jornalistas alardearam. Pelo menos para o Flu o jogo não foi nada mais do que o cumprimento de uma rotina da tabela.  Perder o jogo era uma possibilidade apenas, que acabou acontecendo. Nada mais. O universo não se transformou, a Terra não parou de girar, o dia continua tendo 24 horas e o Flu continua líder. Podia ser o jogo da vida do Atlético, mas o que nós temos a ver com isso?

A derrota foi até boa por certo ângulo, pois serviu para aplacar (um pouco) a ira de adversários nos campos, nas colunas de jornais e nas telas de TV. Parte de sua torcida para a derrocada tricolor aconteceu no domingo.

Nunca havia visto tanta torcida pelo insucesso alheio como estou vendo agora. Teve um site de esportes em que o autor da matéria faz referência ao gol de falta do R49 anulado citando o gol que o Flu fez contra o Vasco, ao escrever: “Se para “eles” vale, por que não pro Atlético?”. Esse “eles” diz bem a forma como a imprensa é parcial.

Melhor deixar para um psiquiatra analisar se o que incomoda é liderança do Fluminense, se é a expressiva diferença de pontos que provoca invejas descontroladas, se é despeito ou se é o desejo de ver o insucesso alheio como forma de justificar a própria incompetência.

Seja lá o que for o Fluminense hoje tem mais do que apenas 19 adversários e suas torcidas sedentos em desbancá-lo. Tem que enfrentar também uma imprensa irresponsável, que faz campanhas contra o clube e incita as torcidas adversárias para a violência. Essa insistente repetição de que o só houve erros em favor do Flu de fato já passou dos limites aceitáveis.

A torcida do Galo tentou isso no jogo de domingo, montando um painel tricolor com a palavra CBF ao contrário. Mas, esqueceram que hoje o Galo tem dois pontos a mais por conta de um erro do juiz no primeiro turno no jogo no Rio. E se o R49 tivesse sido punido decentemente pelo chute no pescoço de um atleta do Grêmio, provavelmente o seu time não teria os pontos que tem. Se for falar aqui dos erros dos juízes veremos que todos foram em algum momento ajudados ou prejudicados. A diferença é que o Flu não se abateu, nem ficou choramingando. Ao contrário, foi à luta e fez os gols de que precisava para vencer os jogos que venceu. Acredito que se o jogo de ontem tivesse mais 10 minutos o Flu empatava outra vez.

O Fred está certo ao desabafar contra Cuca, pois trata-se de uma artimanha para fazer com que a pressão leve os juízes a ficarem contra o Flu e o prejudiquem na reta final do campeonato. Na verdade, o Fred expressou o grito de toda uma torcida que vê nisso uma tentativa de desmerecer a campanha do time e o provável título que se avizinha.

No jogo em si o Fluminense mostrou que é mortal nos contragolpes e poderia ter saído de Minas com a faixa de campeão carimbada. Bobeou no último lance do jogo e a sorte que teve durante toda a partida parece ter saído do estádio antes do apito final. O Galo mereceu a vitória, mas o empate teria sido igualmente justo, considerando que aquela á a forma do Fu jogar. Não é covardia, nem incompetência, é estratégia.

O fato é que o campeonato ainda não acabou e a distância, mais cedo ou mais tarde, vai se ampliar de novo, talvez já na quinta feira.

Vamos ver quem tem mais cacife.

 

Jorge Dantas Dias

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramaTri

Contato: Vitor Franklin

7 Comments

  1. REFLEXÃO SOBRE “O DESESPERO”:

    Na sétima década do século passado, houve a implantação, em nosso país, de uma ditadura militar.

    Como porta-voz do regime, criou-se o que viria a ser o maior conglomerado de comunicação da América do Sul, do que, até então, somente existia cono um jornaleco carioca.

    Foi gasto muito, mas muito dinheiro para isto acontecer, inclusive com a destruição de vários jornais e rádios que não estavam de acordo com a ditadura.

    Então com o desenvolvimento da televisão, a porta-voz da ditadura se arvorou no dreito de ser ‘A Dona da Verdade’.

    Tudo ia ás mil maravilhas para ela, inclusive com o fim da ditadura militar, estaria aberto o caminho para ditadura midiática, na qual vivemos. Somente conseguia se eleger quem rezava pela cartilha da ‘Dona da Verdade’, com honrosas e heróicas exceções.

    Presidentes eram eleitos, empossados e depostos a seu bel-prazer.

    Por “coincidência” nesta época o clube de futebol predileto desta ‘ditadora midiática’ fazia façanhas dignas de Hércules, como ser tri-campeão em dois anos

    O resto da história todos sabem, perda de influencia generalizada, decadência…. desespero e agora destempero!

    Desespero, porque o último baluarte de sua nefanda influência, o Futebol, esta sendo solapado pelos “Guerrilheiros Tricolores – Os Maquis do Século Vinte e Um” .

    Entrava ano, saia ano, sempre se sabia de antemão quais clubes poderiam ser campeões, menos há dois quando o ‘pré-rebaixado’ do ano anterior, contrariando todos, se sagrou campeão.

    Atualmente, assistimos a um “destempero despudorado”, porque o FLUMINENSE, poderá tornar-se Campeão por antecipação.

    Provocando prejuízos, incalculáveis, não só em suas finanças, como também, aí de forma contundente e irrecuperável, em sua ” impostura da verdade”.

    SSTT

    1. Verdade, Nunca havia pensado por esse ângulo, mas concordo com a sua análise.

  2. Jorge, vc acertou em cheio ao dizer que o desabafo do Fred foi de toda a torcida. Eu mesmo estou a um passo de perder minha paciência e “apelar” até com amigos.

    Rumo ao tetra!

    ST!

  3. Prefiro a perda do titulo do que carregar o estigmatismo do coitadinho , o fraquinho , o pobrezinho , generalizado de norte a sul do Brasil .
    O Fluminense , ao contrário , esta sendo estigmatizado como poderoso , forte , grande e eu estou , até feliz , com este reconhecimento .
    É O FLU…É O FLU…É O FLU…É O FLU…É O FLU…É O FLU…É O FLU…É O FLU…É O FLU…

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