Procissão (por Paulo-Roberto Andel)

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Lá vai a procissão do Fluminense.

Os admiráveis maníacos de volta à estrada em mais um jogo decisivo na casa do rival. Jogamos pelo empate para chegar à final da Taça Rio. Os que acreditam, vestem a camisa e podem ir.

Claro, há os idiotas da objetividade, sempre dispostos e ver o Fluminense encolhido, mas estes não merecem tempo numa mísera linha que seja. Que bom seria em 2013 termos Nelson Rodrigues a atuar como carrasco.

Caso consigamos o sucesso contra o VR, já saberemos qual é o adversário, Botafogo ou Resende.

Com dois times de menor expressão nas semifinais estaduais, ficou claro que não há galinha-morta. Vasco e Gávea abusaram, pagaram o preço. Nós, que não ganhamos um níquel furado da mofada imprensa, chegamos.

É claro que os corações tricolores batem mais fortes pela Taça Libertadores, o que é justo e compreensível. Mas meu coração não se alegra com nenhuma conversa de se poupar. A vida não é para ser poupada: é para ser vivida e intensamente. Isso não quer dizer nenhuma loucura na escalação ou se abrir mão de cuidados com contusões, longe disso. Apenas digo que o Fluminense é grande demais para abdicar de campeonatos: sua vocação é disputar todos os que vêm pela frente.

Nos últimos jogos, inegável é o aplauso coletivo aos nomes de Rhayner, Wagner e Sóbis. O trio mostra a importância do elenco: nenhum deles era titular no começo do ano, agora todos são muito valorizados. Ecos de um grupo forte e que vem crescendo no decorrer do ano, ainda que longe da opulência do tetracampeão em 2012.

Garantia de vitória ninguém tem na vida. Chega ser patético quem acha que é possível ganhar tudo o tempo inteiro. Agora, que o Fluminense vive um momento de sorte e facilidades, não há dúvidas. Se o Botafogo tropeça contra o Resende, nós passamos, avançamos na Libertadores, temos chance de chegar bem às semifinais da América disputando a final do Carioca.

Tudo no campo das probabilidades, como tudo o que cerca qualquer esporte.

E ainda muito cedo. Calma.

Todavia, acreditar é preciso.

Ano passado ninguém dava nada pelo Fluminense. Ganhamos tudo, só faltou a Libertadores porque nenhum time resiste aos desfalques de um Deco e um Fred. Por pouco não passamos.

O momento agora é outro, estamos inferiorizados tecnicamente, mas temos uma bala de canhão chamada Rhayner, símbolo da garra atual. E com garra se chega longe, longe!

Já vi times fantásticos do Fluminense, assim como outros que eram esforçados, mas faturavam. O de hoje tem dois mundos: talento e humildade. Proletários e virtuoses. Há quem reclame das partidas sem brilho.

O que eu quero mesmo é gritar “campeão”!

Olha lá, vai passando a nossa procissão.

Paulo-Roberto Andel

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

2 Comments

  1. Grande Andel, rumo à final contra o Botafogo!

    No momento em que escrevo, já é sabido o placar do jogo contra o Resende (5×0). Os caras estão embalados.

    Mas, Fluminense é Fluminense. O resto é apenas o resto.

    O que gostaria de colocar aqui para vocês foi a pergunta de pseudo-repórter (que me nego a mencionar o nome desta figura) da Rádio Globo ao técnico do Botafogo, Oswaldo Oliveira, antes da partida: “Oswaldo, vencendo hoje o jogo contra o Resende, podemos dizer que o campeonato acabou?”

    Oswaldo, sempre com aquela educação, disse que nada disso….

    Bem, quer dizer que o grande adversário do “imenso” Botafogo é o Resende??? E, onde fica o “pequeno” Fluminense? Simplesmente ignorou a existência do Poderoso e multi-campeão Fluminense Foot-ball Club. Não conhece a nossa história. Um bocó.

    Vamos mostrar, mais uma vez, para estas criaturas da imprensa marrom, que morre de amores pela Gávea (eliminado duplamente por nós), que somos nós.

    Somos um clube com uma bela história CENTENÁRIA. Não somos um clube que a história se resume a conquistas de uma única década (Flamengo). Pois, fora a era Zico, Adílio, Júnior, o que eles ganharam de importante?

    Eles insistem em nos ignorar…

    ST, Luiz

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