Para meu pai ver Diniz (por Claudia Barros)

Se eu pudesse traria meu pai de volta para ver o Flu de Diniz.

Ele viu o Flu de Telê Santana, de Zezé Moreira e Pinheiro, de Carlos Alberto Parreira e Nelsinho, de Abel Braga, de Cuca. Mas não viu o Flu de Fernando Diniz.

Nem mesmo o de 2018 chegou a ver. Partiu dois anos antes.

Se eu pudesse fazer milagres, reuniria todos nós outra vez, só para ver Ganso passear de fraque nos gramados tricolores.

Se possível fosse, eu traria o senhor para vibrarmos, de punhos fechados e para o alto, ao ver Cano fazendo o L.

E mais L.
E mais L…

Ah, se eu pudesse! Mas não posso.

O máximo que consigo é produzir quimeras, fazer de conta que você nos vê, nos assiste e nos acompanha.

E assim, posso lhe mostrar o sortilégio de ter o Fluminense treinado por Fernando Diniz.

Tudo pode dar errado, meu velho, tudo pode ser castelo de areia, mas no momento não é.

Há conexão entre o que pensa Diniz e o que fazem os atletas em campo.

Até esse momento do mês de abril de 2023, o Flu já marcou 41 gols e só sofreu 10. Dos gols marcados, 20 gols foram nos últimos cinco jogos.

Fomos bicampeões do Carioca em cima sabe de quem? Daquele que nasceu para ser clube de remo.

Temos o jogador mais brilhante em exibição no Brasil. Um colombiano chamado Jhon Árias.
Além dele, um volante talentoso, voluntarioso, inteligente e consistente. Foi até convocado para a Seleção Brasileira. O nome dele é André.

Estamos em três importantes campeonatos: Brasileirão, Copa do Brasil e a almejada Libertadores.

Lembra do JK? O senhor não deve lembrar porque é menino da base. Brilha desde cedo. Tem talento, força e estrela e adora marcar em cima “deles”.

Marcelo o senhor lembra bem! Torcia muito por ele, inclusive. Repatriamos. Depois de 16 anos jogando fora do Brasil, sagrou-se o jogador mais vitorioso da história do Real Madrid e voltou para o Flu. A recepção foi uma grande festa.

Temos um dos maiores artilheiros do Brasil. Lembra do Conca? Nos deu muita alegria. Temos outro argentino magnífico no elenco. Parece que nasceu para jogar no Fluminense. Chama-se Gérman Cano, faz gol com a competência de poucos.

De zagueiro o senhor também entende. Conheceu muitos, foi fã de Ricardo Gomes, Edinho, Duílio, Thiago Silva. Agora temos Nino. Um garoto sensacional e trabalhador que tem nos garantido na defesa. Herdou até a faixa de capitão do Dom Fredom.

É, pai, Fred está aposentado e encerrou a carreira no Flu.

Ah, se eu pudesse traria o senhor de volta. O argumento dessa crônica é lhe mostrar o Flu de Diniz, mas o que eu queria mesmo era seu abraço aberto e seu peito pronto para me acolher. Enquanto isso, o bom futebol, o trato na bola e as nossas cores me aquecem a alma.

Que venha o The Strongest para encarar o The Best!

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