Para Heleno Sotelino (por Aloísio Senra)

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Tricolores de sangue grená, eu planejava uma coluna muito diferente hoje. Planejava falar sobre o que vamos fazer sem Pedro, iria propor que passássemos a escalar o Pablo Dyego em seu lugar, ou que até se improvisasse o Gum ou subissem um moleque da base para essa posição, e falaria da necessidade de tentar aplicar um esquema que privilegie o contra-ataque contra o líder do campeonato hoje para tentarmos fazer alguma fumaça. Mas tudo de repente ficou pequeno em vista de um acontecimento durante a semana, que foi a passagem desta existência para o que há adiante, seja lá o que for, de um grande camarada tricolor que tinha em alta estima, Heleno Sotelino.

Deixo claro que não éramos extremamente próximos e pouco ou nada nos falamos após meu rompimento com o grupo MR21 (hoje fundido ao Esperança Tricolor), do qual fazíamos parte, mas o Heleno era uma daquelas pessoas que é impossível você não gostar. Bem-humorado, de fala mansa, educado e inteligente, ponderado e tricolor pra cacete, extremamente gente boa, ele era um homem de muitas qualidades e poucos defeitos aparentes. Assim que me uni ao MR21, ainda nos idos de 2015, ele foi um dos primeiros a me receber, e sempre me tratou com muito respeito e camaradagem. Mesmo que tivéssemos divergências ideológicas, estas diferenças nunca nos afastaram. Nós éramos unidos pelo Fluminense e pelo ideal que tínhamos de tornar nosso amado clube forte e vencedor uma vez mais. Por um capricho do destino, não deu.

Heleno não tinha idade muito avançada, então foi um choque para todos os que o admiravam o seu falecimento. Advogado brilhante, sócio e apaixonado pelo Fluminense Football Club, ele merece todas as honras, inclusive que se faça um minuto de silêncio em sua homenagem. Lidar com a morte não é fácil e, para mim, que não sou religioso, é ainda mais difícil. Esperava um dia cruzar novamente com seu rosto sorridente e dar-lhe um caloroso abraço, e que pudéssemos assistir juntos a mais uma partida, a mais uma final de campeonato, vibrando numa mesma arquibancada. Porém, sua lembrança jamais vai perecer. No fim, o que resta de nós é a impressão que deixamos nas outras pessoas e as memórias que nelas cativamos e imprimimos. E nisso, como em todo o resto na sua vida, você foi bem-sucedido. Meus sentimentos à família. Bom descanso, querido Heleno!

Curtas:

– Três semanas sem Pedro, no mínimo. Vamos rezar pra tê-lo no jogo da volta contra o Deportivo Cuenca!

– João Carlos foi embora da mesma maneira que chegou: sem ser notado. Há de se ressaltar que Fábio Braga é um excelente empresário: trouxe o cara da Cabofriense pro Flu, e já o vendeu para um time europeu, ainda que de segunda linha, mesmo esse camarada não jogando rigorosamente nada!

– Meu time atualmente seria: Marcos Felipe, Gilberto, Digão, Ibañez e Ayrton Lucas; Airton, Richard, Daniel e Sornoza; Mateus Alessandro e Pablo Dyego. Se precisar do 3-5-2, promova-se a estreia do Paulo Ricardo, sacando Richard ou Daniel, de acordo com a necessidade. Jadson tá merecendo banco, e eu realmente gostaria de ver o garoto Marcos Felipe agarrando.

– Palpites para as próximas partidas: São Paulo 1 x 1 Fluminense; Fluminense 2 x 0 Vitória.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

1 Comments

  1. Meu adeus a esse amigo tricolor.
    Meus sinceros sentimentos a família Heleno Sotelino.

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