Palmeiras 2 x 1 Fluminense (por Paulo-Roberto Andel)

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Claro que estamos tristes.

O Fluminense deveria ter ido à final da Copa do Brasil.

Fez um segundo tempo gigantesco diante do Palmeiras, superando inúmeras deficiências.

O choro de Fred na hora do gol foi a parte mais emocionante deste ano. Ali estavam o amor, a glória e a dor, de tal maneira raramente vista até mesmo nos grandes triunfos do Brasileiro.

Time grande, de atitude, como deve ser sempre. Mesmo com problemas já tão relatados por aqui.

Eu gosto mais do Fluminense do que de seus títulos, embora eles sejam fantásticos. Então, com tristeza, sigo bem.

O Tricolor ruge onde as três cores são nome.

Agora é resolver no Brasileirão. Vida que segue.

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Vi o jogo com meus amigos na casa de Mitya e Ricardo, nas nuvens de Alice. Pessoas de bem. Gente de bom coração. Isso é mais importante do que qualquer patrulheiro da verdade.

Marina, meu amor, ficou uma fera com o primeiro tempo. Depois vibrou com o segundo.

As duas abraçadas na hora dos penais de vida ou morte. Um momento belo e triste.

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O Fagner Torres é um tricolor à altura do seu enorme talento literário.

Meus amigos Henrique e Lucas, a turma de sempre.

Estar com verdadeiros amigos tricolores é viver o Fluminense no coração. Marô me representou no campo.

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Não quis falar de atuações individuais. Houve um grupo, um time em campo. É claro que houve problemas, mas o Fluminense foi de um gigantismo em sua superação que só merece meu respeito e amor.

Condenar o jovem Gustavo Scarpa, que se mata em campo? O próprio Gum, que infelizmente chegou ao fim da linha, não merece perseguição. Todos estavam mortos de cansados nos pênaltis.

A arbitragem? Lixo.

O resto fica para depois. Agora tratemos de resolver o problema do Brasileiro. Se jogar com a seriedade do segundo tempo de ontem, o Fluminense estará tranquilo. Terminada a temporada, hora de consertar os defeitos.

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Perder é sempre ruim, mas amar o Fluminense está acima de vitórias ou derrotas, pouco importando se o amor vem do castelo ou da favela, de branco ou preto.

É fácil ostentar o amor nas vitórias, mas ele é quase institucional. O amor puro, sedento, vem de noites como a de ontem: mesmo eliminado, o Fluminense foi um senhor campeão – porque honrou suas cores, sua história de 113 anos, aqui representados pelos primeiros passos rumo ao indecifrável infinito. O caminho do título se perdeu, mas a certeza do amor está escrita no negrume da noite ao luar.

O Fluminense e seus amores. O choro de Fred na hora do gol não foi uma classificação, mas uma poesia árida de João Cabral de Mello Neto.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: pra/exulla

LANÇAMENTO O ESPIRITO DA COPA RJ

4 Comments

  1. Belo e verdadeiro texto!! Nos orgulhamos dos brios em campo e de nosso grande capitão,que nao se esforçou apenas, foi muito além do humanamente adequado, com visiveis dores por dupla lesão e ainda tem uns bobalhoes cegos que tentam diminuir seu valor e lugar de idolo. O Flu esta acima dos idolos, mas sao os idolos e a sua doaçao que constroem a força de sua marca e história, e Fred com certeza ja e um deles.
    Belo texto!!

  2. Dormi triste, mas feliz! “Perdemos, mas ganhamos!” “O choro de Fred na hora do gol não foi uma classificação, mas uma poesia árida de João Cabral de Mello Neto.” Obrigada, Andel!

  3. Era um jogo encrencado. Numa arena que mais parecia aquela dos tempos dos gladiadores. Nosso time, por míseros 10 minutos de desligamento, perdeu o jogo. Parece que nossos defensores estavam momentaneamente acorrentados ao chão, A partir daí, valeu a nossa camisa que calou mais de 35000 porcos. Fred jogou na experiência, técnica, raça, raça, raça, raça… Estou feliz e orgulhoso, pois esperava uma atuação do Flu gigante e a vi ontem. Valeu, Fluminense! Perdemos mas ganhamos!

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