Os extremistas (por Ernesto Xavier)

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Onde está o mundo neste momento? É realmente assim que escolhemos viver?

Em meio a atentados terroristas na França, com a morte de 16 pessoas e outro na Nigéria, com 200 vítimas fatais e tantos outros atentados silenciosos que presenciamos no Rio de Janeiro diariamente, me pergunto: existe limite para o ódio?

As redes sociais têm sido o principal meio de disseminação de preconceitos, ofensas gratuitas e ameaças diretas a qualquer tipo de pessoa.

Faça um teste. Posicione-se em relação a algum assunto e publique no Facebook. Em questão de segundos, pessoas que você julgava conhecer começarão a expor seus pontos de vista. Até aí ok. Então depois de algum tempo alguém se ofenderá e o debate irá cair de nível. Vai lá, tente.

Antes os assuntos proibidos eram apenas política e religião. Estes continuam sendo, mas a ele acrescento futebol, sexualidade, música e até celebridades. Basta defender uma visão ou alguém e a violência começará. O pior é que esta violência tem ganhado as ruas e se espalha de forma assustadora.

Por que falo isso aqui?

Porque há anos temos sido perseguidos pela imprensa esportiva e torcedores de outras equipes com ofensas verbais e físicas, boicotes, boatos plantados para desestabilizar a equipe, clube e torcedores.

Leia alguma matéria (qualquer uma) do Fluminense nos principais sites brasileiros e vá até o final, onde ficam os comentários dos leitores. Não há um sem as seguintes frases (editadas, é claro):
“Pague a Série B”, “Vergonha nacional”, “Vocês não deveriam existir, ladrões”, “Tapetão”, “Vai tomar no c…”… Esses são os mais leves.

No ano passado torcedores foram agredidos fisicamente na rua por conta do imbróglio envolvendo Portuguesa e Flamengo. A imprensa jogou os holofotes para o lado do Fluminense indevidamente e parecíamos os culpados de todas as mazelas do mundo. O ano passou e o ódio não diminuiu.

Futebol é para ser assim?

Após a saída da Unimed ouvi de inúmeras pessoas que o Fluminense ia acabar, que agora não teria como deixar de cair para a Série B, que todos os jogadores iriam deixar o clube. Um mês se passou desde que Celso Barros rompeu o contrato unilateralmente e só saiu quem tinha que sair.

O Fluminense continua vivo, estamos vivendo uma realidade diferente e no qual teremos que nos acostumar e apoiar. A vida vai seguindo seu curso. Tentaram desestabilizar, mas estamos firmes e cheios de esperança para um ano de alegrias.

Devemos deixar o ódio de fora do nosso clube. De nada adianta estarmos divididos dentro do Fluminense, enfraquecendo o clube da forma que a Flapress quer. Nós é que iremos mostrar a nossa força. Venceremos sem a Unimed e sem os sanguessugas.

Caminharemos com nossas próprias pernas. Somente assim poderemos suportar a pressão daqueles que não aguentam nos ver bem.

O Fluminense é maior do que qualquer extremismo. Devemos ser um exemplo. A fidalguia está no nosso DNA.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @nestoxavier

Imagem: estadão

1 Comments

  1. Excelente!!!
    Devemos nos unir pelo que temos de comum e não nos separarmos pelo que temos de diferente…
    O mundo lá fora já espera ávido por um fraquejar nosso, temos mesmo que manter a unidade…

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