Uma boa ocasião para o Fluminense parar de pensar pequeno (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, a Sul Americana chegou ao fim para nós. Em grande parte por causa de escalações equivocadas de nosso treinador, sem deixar de reconhecer os méritos do adversário, que soube jogar o mata-mata e explorar nossas deficiências.

No jogo de hoje, especificamente, Odair optou por jogar com três atacantes e um meio de campo lento, sem mobilidade, mesmo sabendo que encararia um adversário fechado.

Estou tentando entender por que Miguel, o melhor jogador do time, vem sendo preterido nas últimas partidas, embora a nossa história recente explique quase tudo para quem quer ver.

A troca de Marcos Paulo por Ganso no início da segunda  etapa é, também, algo que precisa ser explicado. Embora precisássemos de aproximação no meio, o que até aconteceu, bastaria ter deslocado Marcos Paulo para uma ação mais central, dando campo aos laterais.

A simples ideia de três atacantes em um jogo que precisava de mobilidade e criatividade no meio já incomoda. Escalar  Yuri, Henrique e Nenê no meio faz lembrar o primeiro tempo do Fla-Flu, que não é uma boa lembrança, mas que parece ser a ideia de jogo de nosso treinador.

Alguém acha que pode dar certo?

É aquela história de que para um bom entendedor o pingo é letra. Só faltou o Fred no time, que é para nós termos dado uma lição de futebol ágil, moderno.

Eu tinha dito que no jogo de hoje, ao contrário dos jogos recentes, valia mais que tudo o resultado, mas para obtê-lo é preciso que as escolhas sejam corretas.

Odair inverteu o jogo, escalando muitos atacantes no começo, quando era para ter povoado e conquistado o meio no início. Depois foi tirando atacantes e colocando meias, mas sem mudar a dinâmica do jogo, porque não há o que explique Ganso no lugar de Marcos Paulo.

Enfim, o resultado não veio e ficamos com a análise dos defeitos. Um meio de campo lento, sem mobilidade e criatividade não nos levará a lugar algum.

O 4-2-4 requer volantes que deem intensidade à transição e que se apresentem como verdadeiros armadores, para que a linha ofensiva rode e ofereça os espaços. Infelizmente, não temos nada disso.

O que aconteceu no segundo tempo do Fla-Flu foi o Fluminense explorando as características ofensivas do Flamengo para quebrar as linhas adversárias com variações de jogadas, incluindo a bola dividida com a defesa rubro-negra, mas isso não  era possível hoje, porque não havia espaços para se explorar tal estratégia.

Enfim, que nossa torcida se conscientize, enquanto é tempo, que um clube do tamanho do Fluminense precisa ter gestão de ponta, e não de bravatas, e a ambição inalienável de conquistar o Campeonato Brasileiro, que é a maior competição de todas, principalmente para quem não disputa a Libertadores.

E o caminho  é longo. Começa pela escolha das peças corretas, o que não inclui dar preferência a quem tem mais nome ou empresário.

Chega de pensar pequeno! Mas não adianta pensar grande e agir pequeno, simulando pensar grande.

Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade

2 Comments

  1. Infelizmente, o Fluminense acabou. Pensar grande sem um tostão no bolso, sendo administrado por um pavão cheio de soberba, que mantém as mesmas práticas de seus antecessores, refém de empresários que escalam meio time e resgatando antigo ídolo, que hoje não passa de ex-jogador caro e idoso, ainda em atividade. Série B e C à vista, dessa vez não haverá um Parreira e uma Unimed para nos salvar. ST

  2. Savioli, o treinador queimou o Miguel colando o garoto para jogar de atacante, posição que ele nao sabe jogar. Acho que ele fez isso como medo de barrar os medalhões, pois se Miguel continuasse jogando em sua posição, não perderia a titularidade.

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