Como não me emocionar? Escrevo com o coração ainda batendo acelerado. São dias como esse que fazem o sentimento tricolor crescer ainda mais. Gritei. Gritei demais. Algo que estava escondido na garganta após tanto tempo sendo achincalhado em silêncio. Só com vocês do Panorama que pude me abrir e falar sobre todas as injustiças que fizeram ao Fluminense e seus torcedores. Hoje foi dia de lavar a alma contra aquele que tem sido o pior dos canalhas. O clube que errou, tramou e nos colocou a culpa. Queria vitória no campo? Pois ela está aí. Categórica. Sem deixar a menor dúvida.

O futebol é o esporte mais apaixonante do mundo, pois dá a chance da redenção. Muitos times mais fracos vencem gigantes. Foi assim que quiseram nos colocar. O Poderoso Flamengo, que vinha de goleadas, contra o modesto Fluminense, sem seu artilheiro, com a defesa frágil e o peso de uma “virada de mesa”. Em campo o que vimos foi um time consciente, bem treinado, jogando sério, mostrando que para vencer o tricolor é preciso mais do que futebol, é necessário querer mais. E atualmente não vejo algum clube que queira mais mostrar o seu valor do que o Fluminense. Mostraremos nossa grandiosidade aos que teimam em não vê-la.

Sobre o jogo, uma palavra explica: domínio. Estávamos presentes em todas as faixas do campo. É certo que começamos o primeiro tempo com sono. Esperávamos o Flamengo em nosso campo. Carlinhos em dia de “Soneca”, Bruno errando passes e fazendo faltas. Gum inseguro como sempre. Porém a luz de Conca acordou a todos. Um drible que deixou Wallace sem pai, nem mãe e ali já sabíamos que o jogo seria dele. Ele merece uma placa por esta “caneta” de calcanhar. Espetacular! Jean o seguiu e foi seguro, preciso, cirúrgico. O jogador merece voltar à seleção. Joga com tranqüilidade. Marca, dribla, distribui o jogo, vai à frente. Diguinho esteve em dia inspirado. E na frente, Michael mostra que valeu à pena acreditar em sua recuperação.

Na volta da parada técnica fizemos o primeiro. Cruzamento de Conca e cabeçada certeira de Michael.
Recuamos um pouco, fizemos faltas bobas na entrada da área, mas tivemos em Cavalieri a segurança habitual. Amarelinha nele!

O segundo tempo foi uma aula de futebol. Cruzamento de Conca (sempre ele), cabeçada de Gum, rebote de Felipe, gol de Elivélton.

O Flamengo partiu pro tudo ou nada. Abriu mais espaços na defesa e éramos ainda mais perigosos nos contra-ataques.

Foi aí que começou a aula. Toques de pé em pé. Troca de posições. Chances e mais chances. Um olé de dar orgulho. Percebe-se a maturidade de Renato Gaúcho. Este time, apesar de suas deficiências e carências em algumas posições, sabe o que faz. Os jogadores se conhecem e compraram a ideia do técnico.

Foi então que precisávamos da cereja no bolo: Walter. O gordinho mais amado do Brasil. Ele entrou e mostrou que sua forma redonda não tira em nada sua técnica. Ele percebe o jogo como poucos. Tem estupendo domínio de bola e sabe chutar. E como sabe!

Chiquinho deixou Walter de cara para o gol e ele pegou de bate-pronto. Difícil forma de bater na bola. Precisa e letal, estufando a rede aos 41.

Três a zero para não deixar dúvidas. Time rubro-negro completo, treinando para a estreia na Libertadores e nosso Tricolor é que mandou. Colocamo-os na roda.

É só o começo, mas a seriedade que vi o Fluminense nesta partida, mostra que podemos confiar nestes jogadores. Queremos muito mais! Mas essa noite ficará guardada na memória.

O mando de campo era deles, que com ingressos a no mínimo 100 reais queriam espantar os torcedores (e conseguiram). Porém, quem foi o mandante vestia verde, branco e grená.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @nestoxavier

Foto: Divulgação

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