O ponto de vista de quem vê o copo (por Aloisio Senra)

Tricolores de sangue grená, chegamos a um ponto da temporada em que podemos enxergar o copo meio cheio ou meio vazio. Se por um lado, caímos precocemente na Sula com dois resultados improváveis (goleada sinistra nossa e goleada do Unión fora de casa), por outro vimos o renascer do futebol ofensivo e bem praticado, com Matheus Martins fazendo hat-trick e finalmente tendo chances. Se por um lado perdemos o clássico, o que nunca é bom, por outro lado só houve a derrota porque o goleiro dos caras estava inspirado. Tanto é que a torcida reconheceu e aplaudiu.

Diniz finalmente terá a tal “semana livre” para trabalhar, e urge que consigamos resolver os problemas que ainda temos. O mais flagrante deles é o lado esquerdo, no qual a coisa anda tão mal que até o Yago foi tentado ali, sem sucesso. A esse ponto não é mais segredo para ninguém que o treinador está tentando encontrar um “novo Caio Henrique” para a posição, e estou bastante curioso para ver quem entrará contra o Juventude. Diniz está fazendo experiências para tentar acertar a defesa sem os três zagueiros, então é até normal que demore um pouco.

O que ninguém talvez tenha percebido é que estas chances dadas ao Matheus Martins (e consequentemente também ao John Kennedy) têm uma razão bem óbvia: Luiz Henrique está com os dias contados e ficaremos sem ele. Logo, urge conseguir um substituto para manter a eficiência do ataque. É inegável que Diniz “achou” o quarteto Ganso, Arias, LH e Cano, que um dia o próprio Abel usou, mas numa configuração um pouco diferente.

Enfim, tricolores, o próprio Diniz sabe (e a coletiva foi bem reveladora) que os gols do clássico foram evitáveis e precisa melhorar isso. Temos declarações sóbrias do treinador, não devaneios do mundo da fantasia que tínhamos antes, e isso passa credibilidade. Mas é preciso vencer, e Diniz sabe disso. Contra o Juventude, não tem meio termo. Vitória, vitória, vitória! Vamos pra cima. O campeonato está só começando.

Curtas:

– O problema das laterais é tão crônico que não será espanto algum se vier algum da base em breve. Tenho a impressão que o titular do Diniz para a esquerda é o Pineida, que não jogo por estar lesionado, e ele claramente não confia em Marlon ou Cris Silva. Só isso realmente explica a tentativa com Yago.

– Agradeço ao espaço cedido pelo Panorama há sete anos para que eu publique minhas colunas. Esta é a ducentésima quinquagésima. Que venham outras. Agradeço aos leitores e ao pessoal que está sempre comentando. Não sou ninguém, mas é muito legal ser “ninguém” junto a vocês.

– Palpite para a próxima partida: Juventude 0 x 2 Fluminense

1 Comments

  1. Aloísio, boa noite!

    Que isso de ninguém cara! Você é um cara inteligente, escreve muito bem e é um grande tricolor que tenho o prazer de conviver. Sempre que posso leio sua coluna e com certeza está entre as melhores e isso no Panorama é um baita feito pois sou tem fera!

    Parabéns!!!

    Diniz

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