Ô, ô, Orinho aê: tererê! (por Paulo-Roberto Andel)

Depois de longa jornada de sofrimento, o Fluminense venceu um clássico nacional e saiu da zona de rebaixamento. Por mais que a atuação diante do Corinthians não tenha convencido nem o mais apaixonado tricolor, há que se reconhecer o empenho do time, especialmente no segundo tempo. Enfim, mesmo no arrastão o resultado veio e ajuda a oxigenar a casa durante esta semana.

Até o jogo contra o Goiás no próximo fim de domingo, Oswaldo terá tempo para preparar a equipe, colocá-la à sua feição e desafiar seus críticos, dentre eles este cronista. Enfrentará uma equipe que vem em processo de decadência, e que não causará surpresa se estiver mais perto ou no próprio Z4 dentro de algumas rodadas. O Goiás, por sinal, foi um dos times que impôs derrotas inacreditáveis ao Fluminense neste Brasileiro.

Para vencer e continuar a recuperação no campeonato, o Fluminense vai precisar de mais do que dois volantes e de aproximar Ganso de Nenê. Oswaldo tem tempo para trabalhar. Precisa mostrar serviço e não pode faltar, pois a amplitude de pontos entre os últimos colocados é muito estreita. Num momento como o atual, o apoio incondicional é necessário para evitar o pior, mas é bom que se diga: uma coisa é o Fluminense se salvar, outra é aprovar a sua condução.

Complemento: muito se falou sobre o frangaço – evidente – de Cássio no jogo de domingo, mas é preciso valorizar a intenção de Ganso no lance, ainda que o chute tenha sido pífio. Apesar da qualidade técnica e dos bons passes durante a temporada, o meia praticamente não chutava a gol – uma de suas qualidades mais reconhecidas no passado. Precisa melhorar a pontaria, mas se continuar tentando certamente ajudará ainda mais o Fluminense.

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Confesso que não lembrava de Orinho. Pelo que andei lendo e pesquisando, nem eu nem muita gente, mesmo entre os torcedores do Santos (seu último clube) e da Ponte Preta (onde alcançou o ‘ápice’ de sua carreira). Aliás, sequer a claque da gestão tricolor ousou recorrer ao escaute para justificar a contratação. Uma espécie de Giovanni ou Guilherme Alves em 2019.

A questão é: o que leva um clube sob penúria financeira a contratar um jogador que reconhecidamente não é um reforço, mas um complemento de elenco? Ok, veio sem custo? Mas deveria ser de outra forma?

Orinho passou pela Ponte Preta, velha negociadora de jogadores com o Tricolor, ao lado do Corinthians. Resta torcer para que dê certo, mesmo sem uma única estatística favorável sequer, mostrando que no Fluminense de antes e de hoje o discurso e a ação nem sempre andam lado a lado, para não dizer quase nunca. Mas seguimos torcendo, mesmo contra a lógica. É preciso.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

#credibilidade

1 Comments

  1. Andel, será que na base não haveria um bom lateral? Pra trazer um bom_bonito_barato, que normalmente, nada acrescenta, infla a folha, irrita a torcida e não condiz com nossa história, melhor recorrer à base. Recentemente revelamos Leo Pelé, Arton Lucas e Mascarenhas, porque não acreditar que revelaremos mais um??!!

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