O nu que vale do Flu (por Paulo-Roberto Andel)

LANÇAMENTO DOS LIVROS NESTA TERÇA (30/08) NO RESTAURANTE LAMAS, A PARTIR DAS 18 HORAS.

Os amigos já dissecaram bem o jogo deste sábado, de modo que minha tarefa está facilitada por aqui.

Quem vê o Palmeiras no estádio tem plena noção de como é difícil se impor diante dele: um sistema de marcação implacável, muito giro, cinco em cada bola. Ninguém é bicampeão da América à toa. Especialmente no segundo tempo, o Fluminense mostrou força e só não chegou à vitória pelas vírgulas na hora do arremate final. Toda vez que as barangas empresariais não entram no time, o Flu se mantém vivo em campo.

Talvez o maior problema venha daqui pra frente. Sabemos o preço de não termos vencido este jogo. Não, o Brasileirão não é Copas Fora. Estão rolando os dados. Agora, ficou mais difícil do que era há uma semana, pois se passou mais uma rodada e a diferença é a mesma.

Sobre o gol que levamos, é preciso reconhecer o mérito do adversário. Apesar de colecionar frangos e falhas e ter um enorme pano sendo passado nisso pelas fabetes, não achei sequer falha de Fábio pela velocidade da conclusão. A finalização de bicicleta é a mais difícil de ser defendida. O gol no começo perturba muito e o Flu levou um tempo para se recobrar, o que depois conseguiu.

Na saída do Maracanã, ficou o inevitável gosto de quase. Não, nada está perdido, ainda estão rolando os dados de Cazuza e, por isso mesmo, é o tempo que não para. Porém, com todo respeito e celebração pelo querido Carioca 2022, vencido com méritos sobre o rival, o fato é que as grandes competições do ano ou passaram ao largo ou correm esse risco. Por favor, que ninguém confunda uma análise real da situação tricolor com essas idiotices de torcer contra, cansativas e pueris. Não adianta olhar para o 7 e dizer que é 4, nem que o azul é lilás. Ficou mais difícil ser campeão brasileiro e/ou da Copa do Brasil depois dos resultados dos últimos dias, o que não quer dizer que não possa acontecer, lógico. Caso não consigamos, este 2022 terá sido um ano de grandes jogos, de atuações empolgantes e de uma mobilização da torcida como há muito não se via, o que é absolutamente fantástico em se tratado de um clube com uma gestão tão estapafúrdia. Porém, time grande comemora títulos e não G4 ou semifinais. Não há motivo de festa pelo terceiro ou quarto lugar. Agora é continuar brigando nas duas frentes.

Manhã de domingo, hora de pão francês, ovo mexido e ouvir Ed Motta, em “O nu que vale”.

1 Comments

  1. AO FLUMINENSE SEM CONTAR COM O GRAVATINHA POIS A TRAVE HOJE ACENTUARA A PRESENÇA DO SOBRENATURAL DE ALMEIDA FALTE ALGUÉM DECISIVO E UM CENTRO AVANTE QUE NA HORA H NÃO ENTRE PELO CANO…

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