O mesmo final (por Marcelo Vivone)

Diferente das outras partidas, fizemos um 1º tempo muito bom e fomos muito superiores ao adversário. Funcionamos bem nos aspectos tático e individual e mandamos no jogo. Não fosse algum preciosismo, principalmente do jovem Wellington Nem, teríamos ido para o vestiário com uma vantagem mais larga.

Mas aí veio o 2º tempo e com ele o recuo do time desde o seu início. Passamos a apostar no nosso grande trunfo que são os contra-ataques, principalmente com a participação de Nem. Até aí tudo bem. O problema é que, como tantas outras vezes, recuamos em demasia e, consequentemente, demos espaço em excesso para o adversário jogar.

Já na metade desse período, em mais uma grande jogada de Nem, chegamos ao 2º gol e as coisas pareciam que se tranquilizariam para o tricolor. Ledo engando. Tivemos ainda mais algumas oportunidades de matar o jogo, mas não o fizemos. O adversário partiu de vez para cima e praticamente vimos um jogo de ataque contra defesa.

De tanto martelar, o Coritiba chegou ao seu 1º gol, a pressão aumentou ainda mais e por pouco não sofremos o gol de empate. Mais uma vez afirmo que na minha concepção não há necessidade de sofrer tanto. Uma coisa é recuar para matar o jogo no contra-ataque, outra é ser exprimido quase que dentro de sua própria área e viver de chutão para frente.

Fred ao final da partida corroborou com essa opinião e disse que o time precisa adquirir mais maturidade para parar de sofrer tanto nos finais da partida. Para matar de vez o torcedor que não esteja em dia com seu checkup do coração, Digão deu uma furada na pequena área no último lance do jogo e Bruno conseguiu abafar o que seria o gol de empate.

Na parte individual, Jean e Nem foram monstros. Jean falhou em um lance no jogo inteiro, quando tomou a bola nas costas pela lateral esquerda no gol do adversário. Nem é a alma do esquema de jogo montado por Abel e jogou demais, mas ainda carece de mais experiência na hora de decidir. Mas repito: ambos foram monstros na partida.

Digão foi o lado negativo na parte individual. Foi mal desde o início da partida e quase entregou no último lance com uma furada bisonha. Bruno e Carlinhos não foram medianose alternaram boas jogadas com lances não tão iluminados. Bruno teve a seu favor a grande raça com que disputou cada jogada e ainda nos salvou no último lance do jogo.

No meio de campo, Deco, tirando uma ou outra jogada de brilho, esteve apagado. Da mesma forma participou Thiago Neves do jogo. Edinho foi esforçado e participativo, mas com a bola nos pés é sempre Edinho. Na frente, Fred teve papel importante no que tange o papel de pivô que faz como nenhum outro centroavante, mas o achei pouco participativo.

Tudo isso que foi escrito até aqui parece o enredo de um filme repetido do qual a torcida do Flu já sabe o final. Não obstante perder alguns meses de vida a cada jogo do tricolor, o torcedor parece saber que ao final o sorriso estará estampado em seu rosto. O que vale mesmo é que conquistamos mais 3 pontos e demos mais um largo passo rumo ao tetra.

É óbvio e ululante que o desespero está do outro lado. Depois da palhaçada digna de torcida de time pequeno e que não ganha um campeonato há 41 anos, essa mesma torcida começa uma campanha para levar o jogo contra o Palmeiras para as Minas Gerais. Realmente o ridículo dos minúsculos da terra do pão de queijo não tem limite.

O que será que a imprensa desqualificada irá inventar sobre o jogo de ontem para justificar mais 3 pontos conquistados pelo líder absoluto do campeonato? Com certeza continuará a não ver mérito algum na melhor campanha de um time na história dos pontos corridos. Talvez diga que mais uma vez o Fluminense foi massacrado e deu sorte no final. Que pena para eles.


Marcelo Vivone

Panorama Tricolor/ FluNews

@PanoramTri

Contato: Vitor Franklin

4 Comments

  1. Waldir,

    Só espero q esse recuo não seja por cansaço. A próxima partida vai ser dura, principalmente porque perdemos Deco e Wagner. Tomara que o Abel não escale o Diguinho.

  2. Jorge,

    Concordo com você qto à patologia. Mas, ainda assim seremos campeões e, como sempre, com muito sofrimento.

    Um abraço.

  3. Boa análise do jogo, só o que definitivamente precisa mudar um pouco é a cabeça dos jogadores no terço final do jogo, estamos realmente recuando demais, mas até isso pode em parte ser justificado pelo massacre que vemos sofrendo estas duas últimas semanas da mídia cor-de-fezes. Teremos cerca de uma semana para nos prepararmos para o próximo confronto no Brasileiro, é momento de fortalecer ainda mais o psicológico, e a imprensa marrom terá que procurar outro assunto durante este tempo e nos esquecer um pouco. ST, Waldir Barbosa Junior

  4. Esse é o problema do Flu, recuar excessivamente, dando espaço e oportunidades aos adversários. Não se trata de estratégia de jogo, mas algo do psicológico coletivo do time, que pode estar sendo alimentado pelo Abel nos treinamentos e preleções. Não é possível que o time continue repetindo a todo jogo a mesma postura retranqueira e até acovardada. Essa “estratégia” coloca em sério risco bons resultados, como aliás aconteceu contra o Grêmio e o Atlético, jogos em que perdeu excepcionais resultados nos últimos minutos das pelejas. Tivesse tido outra postura já estaria com o caminho mais do que pavimentado para o título. Mas, infelizmente o nosso meio de campo não funciona bem, não prende a bola e a defesa marca muito atrás, dando campo para os armadores adversários pensarem, escolherem as jogadas e executarem sem serem incomodados. O gol do Atlético surgiu assim: Ronaldinho recebeu, parou, olhou, viu, indicou e centrou. O beque vei lá de trás, correndo, e não teve um tricolor que corresse junto e evitasse a cabeçada. Isso aos 47 1\2 do segundo tempo. O Fred tem razão, tem que amadurecer.

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