A vitória de virada sobre o Internacional, no Sul, lavou a alma da torcida tricolor após duas pancadas. Tomara que ela seja ponto de partida para recolocar o Fluminense nos trilhos neste Campeonato Brasileiro. Contudo, é consenso que foi obtida de uma forma quase “espírita”, como dizia um dos antigos jargões do futebol. Sim, pois o Flu jogou mal, mas venceu.

Desfalcado ao extremo, o arremedo de equipe que pisou o campo do Gigante da Beira-Rio parecia fadado à derrota. Se com o time completo é muito difícil bater o Inter em seus domínios, o que dizer de um grupo quase caricato. Mas vencemos e precisamos dar o crédito a quem merece.

Também sou crítico de Odair Hellmann. Acho que ele, várias vezes, toma decisões equivocadas. Porém, quando acerta, o Fluminense ganha. Até de adversários considerados mais fortes. E Odair, se não tinha muito o que inventar em razão dos desfalques, foi genial nas substituições. Mistérios de um treinador ainda em formação.

Pois bem, é esse indecifrável Fluminense de Odair Hellmann que pede passagem e marca lugar entre os postulantes a uma vaga na Libertadores. Ou mesmo ao título brasileiro. Talvez eu seja otimista em demasia, mas que bom ser assim. Além disso, não devemos esquecer que a camisa tricolor é uma entidade capaz de protagonizar milagres.

Após um triunfo deste quilate, é natural que a autoestima vá lá em cima. Normal. Mas que Odair consiga mudar o foco do time para o próximo compromisso. Pois de nada adiantará termos vencido o Inter nos seus domínios se tropeçarmos diante do Bragantino no Maracanã.

Panorama Tricolor

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