O Fluminense e sua torcida (por Luis Brito Corrêa)

Tenho visto com certa frequência apelos na internet para a convocação de torcedores tricolores a irem ao estádio, dizendo que o time precisa de apoio, os jogadores estão jogando bem, a diretoria mantém os jogadores, contratos renovados, comissão técnica estabilizada etc. Difícil é isso tudo se traduzir em números dentro do estádio, pois o número de torcedores não é nem um pouco animador. Levando em conta tudo, ainda pesa o fator classificação, pois o tricolor está atualmente brigando diretamente pelo título. O que faz o torcedor do Fluminense não estar presente nos estádios quando o mando é seu?

O Fluminense já fez em seus domínios a defesa dos três pontos cinco vezes nesse campeonato, sendo em uma dessas cinco o clássico do centenário disputado contra o Flamengo;  levando-se em conta outro clássico que mando de campo não era do clube das Laranjeiras o total de torcedores presentes no estádio não ultrapassa um Maracanã lotado (79.283). O número é inexpressivo considerando-se o tamanho da torcida e a importância de um campeonato. Tenho a certeza absoluta que todos os leitores e não-leitores do site PANORAMA TRICOLOR sonham estar no dia 02/12 vibrando com a conquista do caneco.

As “desculpas” que os torcedores usam, desculpem, não são respeitosas, pois tenho certeza que o comodismo não pode ser maior que a paixão pelo clube. A localização do estádio não pode ser considerada um muro para os torcedores tricolores. Outra que talvez seja cabível são os preços dos ingressos, que em jogos como, por exemplo, Fluminense x Bahia; Fluminense x Portuguesa, não deveriam custar R$ 30, neste caso a culpa é da diretoria que sonha em lotar um estádio com preços altos contra times modestos. Já sabendo dessas “desculpas”, a diretoria não faz o esforço de reduzir o preço das entradas; contudo,  entendo que em jogos de maior apelo o preço seja de R$ 30.

Torcedores, vamos deixar isso de lado, vamos lotar os jogos do Flu em casa; são de extrema importância os jogos nesse começo do campeonato, pois estamos brigando por uma taça muito valiosa, que vale muito mais que um simples campeonato carioca. Sabemos da dificuldade de cada um, mas vamos lutar por mais essa taça. Vamos empurrar os guerreiros dentro dos nossos domínios. Façamos valer a pena qualquer “esforço” e “sacrifício” da diretoria para manter os grandes jogadores, as revelações de Xerém, e vamos conquistá-los e também forçar a barrar por preços mais baratos.

Desculpem a frase, mas é vergonhoso chegar ao estádio no dia do Fluminense e ver todos os jogos com o público com número de 10.00 mil torcedores. Vamos fazer aquelas festas memoráveis que ficaram eternizadas no ano de 2009 e 2010. Vamos mostrar a força do pavilhão tricolor.

Luis Brito Corrêa

@datluis

Crédito da imagem: globoesporte.com

3 Comments

  1. Eu só digo uma coisa: quando tivermos o Maracanã de volta, quero ver se os “tricolebas” (assim chamados pelo digníssimo Caldeira) estarão presentes na arquibancada.

    Hoje temos qualidade e não quantidade, o problema é que futebol, querendo ou não, é dinheiro. E dinheiro só aparece com o segundo quesito.

    Parabéns Luís!

    ST!

  2. Saudações Luis,

    Essa história da torcida se arrasta de longa data.
    Então eu prefiro que sejam os cinco mil guerreiros de arquibancada de sempre, foram com esses que vencemos o CB de 2010, foram com esses que saímos da 11a. colocação para a 3a. em 2011, onde tivemos um primeiro semestre complicadíssimo, foram com esses que já levantamos duas taças esse ano, está sendo com esses que somos hoje terceiro colocado, defesa menos vazada, segundo melhor aproveitamento e invictos.
    Os outros que fiquem no aconchego de seus lares, tem muito pé frio nessa torcida. No final do ano a turminha do oba-oba aparece.

    Cinco mil sempre!

    STRI

    1. Natarelli, é verdade, como torcedor penso igualmente a você. Devemos analisar os cofres do clube também.. São os chamados torcedores mimimi que são pé frios mesmo, só assistem aos jogos e ficam criticando jogador por jogador.
      Já perdi a cabeça com montão.
      Foi lotando estádio que chegamos a uma final inédita na Libertadores e atingimos a maior arrecadação brasileira em bilheteria.

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