Chega ao fim um dos anos mais tristes da história da humanidade. Um inimigo invisível nos fez sentir medo intenso, difícil de mensurar. Que nunca mais tenhamos um ano assim, clamamos ao Poder Superior. E que saibamos tirar algumas lições desta provação à qual ainda estamos sendo submetidos enquanto a abençoada vacina não chega a nós, brasileiros.

Contudo, como esse espaço serve para falarmos sobre o Fluminense, vamos tentar fazê-lo. O ano tricolor foi mais de baixos do que de altos. O fato de não estarmos lutando contra a degola neste atípico Campeonato Brasileiro não pode servir para nos satisfazer. Não mesmo.

O planejamento do departamento de futebol profissional tricolor deixou a desejar. Sim, devemos reconhecer o esforço da diretoria para honrar os compromissos mesmo diante do cenário devastador e da dura, porém justa, demanda dos credores. Mas algumas decisões poderiam ser tomadas de outra forma.

Espero, de todo coração, que Marcão consiga trazer de volta a competitividade implantada pelo técnico anterior, que abandonou o barco. Mesmo com nosso elenco não sendo uma maravilha, é possível escalar melhor. Menos veteranos e mais jovens no time. É hora de implantar essa mescla usando critério adequado.

Aliás, é justamente na juventude, na formação de talentos que calcamos nossa esperança. Que Xerém continue revelando em profusão, que os contratos com a molecada sejam feitos com o poder de preservar nossos direitos. Que possamos aproveitar melhor esse bálsamo, tanto técnica quanto financeiramente.

Pois que venha 2021, que seja um ano de mais reconstrução, de decisões acertadas dentro e fora de campo e que nossa torcida possa sentir orgulho das cores que veste. Que Deus abençoe a nós, a nossas famílias, ao Fluminense e a todo povo que ainda está sofrendo tanto em nosso país e ao redor do planeta.