O Flu e a seleção (por Jorge Dantas)

R7

Assistindo ao jogo da Seleção Brasileira contra a Inglaterra no domingo me vi tomado pelos mesmos temores e desconfianças que têm me angustiado este ano em relação ao Fluminense.

Assim como nosso time, a seleção joga um jogo de considerável eficiência, mas de sofrível eficácia. Para os que possam eventualmente confundir esses dois conceitos, diria que um time eficiente é aquele que tem maior posse de bola, que troca passes, que faz seguidos centros para a área, que defende bem, enfim, que toca a bola o jogo todo. Pode ou não vencer a partida. Já o time eficaz é aquele que, dominando ou não o jogo, faz os gols que o levam a vitória. E tem um terceiro conceito que seria o time efetivo, que é aquele que vence e dá espetáculos (agrada a torcida).

Ambos os times, o clube e a seleção, cercam, cercam, mas não fazem gols, em especial contra os grandes adversários. No domingo, a seleção repetiu os problemas que já se tornaram recorrentes, demonstrando uma intolerável e preocupante incapacidade de criar jogadas mais agudas em profusão, repetidamente, que deixam os adversários acuados, com medo de se expor. Essa é uma maneira óbvia de correr o mínimo de riscos possíveis, pois impede que o adversário tente jogadas de gol. Assim fazem em geral os times da Argentina, por exemplo, quando jogam em seus domínios. Sufocam, martelam até sair o gol. Não dão oportunidades ao azar. Vencem e convencem.

A nossa seleção parece pobre de criatividade e de talentos que possam determinar o ritmo das partidas a seu favor. Não demonstra ter um esquema tático definido, treinado e assimilado. Parece jogar conforme as condições climáticas do dia, sem objetividade e sem empenho. Da forma como vem jogando desde a última Copa não nos deixa otimista. E sem confiança não angaria o apoio da torcida, pelo contrário, a decepciona. O final desse filme todos sabemos: as vaias.

Confesso meu pessimismo em relação a Copa do ano que vem. Se não acontecer algo extraordinário até lá corremos o risco de assistir a outro maracanazo, ou pior, nem vermos a nossa seleção nas finais do torneio. E logo em nosso país.

Situação semelhante vive o Flu. Não está jogando bem e não tem vencido seus mais tradicionais adversários. Na semana passada foi eliminado melancolicamente no Paraguai, seguindo a velha lição da eficiência sem eficácia.

Rhayner

Que belo exemplo de entrega em campo tem dado esse garoto Rhayner. Serve de modelo para todos os demais atletas, do Flu e de outros clubes. Batalhador incansável, se entrega de corpo e alma nos jogos, superando em muito a sua pouca técnica e se transformando no jogador mais importante do time neste ano.

Wellington Nem

Parece que o destino do nosso Garoto de Xerém é mesmo o Galeão. As Proposta notícias dão conta que o Flu já estaria negociando a sua venda por 8 milhões de euros. Acho que a venda do Nem é inevitável, mas por míseros 8 milhões é muito pouco. Parece que o Bernard do Atlético Mineiro também está sendo negociado, porém a cifra gira em torno dos 20 milhões de euros. Não consigo entender como o Flu continua entregando seus melhores atletas a preço de banana. E pensar que o Hulk foi vendido por 50 milhões de euros.

Jorge Dantas

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: r7.com.br

2 Comments

  1. Rods comenta:

    tem uma pequena diferença… a Seleção não tem tempo pra treinar e o Flu não usa o tempo pra treinar.

    Daí talvez os resultados semelhantes.

  2. Fluminense:
    Pessimismos e otimismos a parte, confio no título, independente do jogo de hoje (6/6), ganhando, mimha confiança aumentará e muito.

    Seleção
    Acho que não dá, nem hoje e muito menos ano que vem, o craque da nossa seleção será o fator caa, mas é muito pouco para o Brasil.

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